Maracutaias apostólicas

A sentença do casal Hernandes, líder da Igreja Renascer, sai nesta sexta-feira, 17, nos Estados Unidos. Em junho, Estevam e Sônia Hernandes fecharam um acordo com a Justiça americana para tentar reduzir sua pena e evitar julgamento por um júri popular. A pena máxima para o caso poderia chegar a até dez anos de prisão e ao pagamento de multa de US$ 500 mil cada um.

O casal confessou ter cometido os crimes de contrabando de divisas e conspiração para contrabando de divisas. Com a confissão e o acordo, eles devem conseguir uma pena de no máximo cinco anos de prisão ou liberdade condicional e uma multa menor.

Estevam e Sônia Hernandes deixaram de comparecer à audiência em que seriam confrontados com uma equipe de fiscais da Fazenda Estadual que rastreou a movimentação financeira de dez empresas abertas pelo casal e depois repassadas para outros integrantes da igreja. Ao final do levantamento, os fiscais detectaram nelas rombo de R$ 7 milhões, apenas em tributos não pagos. A defesa dos fundadores da Renascer alegou que eles não foram depor por problemas de saúde.

Com 10 volumes e 20 testemunhas arroladas, o processo que tramita na 1ª Vara Criminal já resultou no bloqueio de bens e contas bancárias do casal Hernandes e mais quatro pessoas ligadas à denominação evangélica, entre eles o bispo primaz Antônio Carlos Ayres Abbud e seu irmão, o empresário Ricardo Abbud. Estevam e Sônia foram ouvidos uma vez, em 15 de setembro. Estevam disse ter várias empresas - todas registradas no mesmo endereço da sede social da igreja - porque é "empreendedor". Sônia Hernandes afirmou não saber detalhes sobre os negócios da empresa porque, "quando precisa de dinheiro para suas necessidades, da casa ou particulares, pede a seu marido".

Após receber a notícia de que a prisão foi revogada, Estevam Hernandes falou com a filha, Fernanda Hernandes, por meio de um rádio Nextel, em conversa transmitida ao vivo pela emissora da Renascer, a Rede Gospel. O bispo afirmou que já reassumiu o programa matinal que apresenta e disse que as orações dos fiéis ajudaram a "dissipar as artimanhas do demônio."

trecho de reportagem publicada hj no jornal O Estado de S.Paulo.
colaboração: Filipe Albuquerque

Dois leitores postaram comentários:

Espero que o casal se arrependa dos crimes cometidos contra Deus e contra a sociedade e acertem a sua vida. Deus está sempre pronto a perdoar, mas é preciso haver mudança de vida, caráter, honestidade. Nunca se viu um apóstolo bíblico envolvido em tantas maracutaias como este. Depois dessa, está difícil pregar o evangelho hoje!

Vendo esse caso lembrei do Pastor Silas Malafaia que vive choramingando por aí falando que a imprensa persegue os evangélicos. Agora eu só queria saber se ainda os evangélicos vão ficar do lado da imprensa agora, pois quando a mesma denunciou os desvios de padres os evagélicos diziam que ela só estava mostrando a verdade. Agora que denunciam os evangélicos é perseguição. Ora, Vamos ser sensatos, CHEGA DE FAZER VIGÍLIA PARA CRIMINOSOS E DE DIZER QUE É PERSEGUIÇÃO DO DEMONIO.