19.8.07

No país das maravilhas

O roqueiro Alice Cooper tem uma surpresa para quem o vê apenas como o homem de maquiagem preta assustadora, cujos shows incluem enforcamentos encenados, serpentes reais e muito sangue falso.

O autoproclamado "Príncipe das Trevas" está se dedicando à criação de um centro cristão para jovens em situação de risco em Phoenix, nos Estados Unidos, previsto para ser inaugurado em novembro.

Alice Cooper quer fazer do centro, que custará US$ 7,3 milhões, um lugar onde os adolescentes possam fugir das ruas e talvez se interessarem por uma carreira musical.

"Alguns desses garotos não têm uma chance", disse Cooper, de 59 anos. "O ambiente em que vivem só os ensina a se desviar de balas e virar bons criminosos."

"Se você levar um deles ao vício da guitarra, no lugar do crack, isso vai mudar a vida dele, ali mesmo."

Conhecido por canções como "School's Out" e "Welcome to my Nightmare", o roqueiro virou cristão convicto há mais de 20 anos, depois de superar o alcoolismo.

Cooper ajudou a levantar US$ 2 milhões para o projeto, através da fundação sem fins lucrativos Solid Rock, que fundou em 1995 com o pastor Chuck Savale.

O centro vai incluir um estúdio de gravação, sala de concertos e café com palco para apresentações. As atividades terão uma mensagem cristã de base.

Cooper nasceu com o nome Vincent Damon Furnier, filho de um vendedor de carros que virou pastor, mas abandonou a religião quando virou roqueiro.

"A coisa chegou ao ponto em que eu estava bebendo tanto que acordava pela manhã vomitando sangue", contou. "Os caras de minha profissão - gente como Jimi Hendrix, Jim Morrison - geralmente viviam até os 27 anos. Eu os vi bebendo até morrer e estava seguindo o mesmo caminho", disse ele, que decidiu abandonar a bebida e dez anos depois tornou-se cristão convicto e passou a jogar golfe.

fonte: Ego
colaboração: Filipe Albuquerque

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