As Igreja Católica, a Evangélica e o Comitê Central Israelita do Uruguai farão uma reclamação conjunta às autoridades do país devido à cobrança de encargos trabalhistas implantada pelo novo sistema tributário, em vigência desde o último dia 1º de julho, noticiou a agência Ansa.
José Luis Zales, contador do Comitê Central Israelita, disse ao portal Observa que "nas sinagogas não existem patrões" e que "as igrejas não são empresas". Ao mesmo tempo, Oscar Bolioli, presidente da Federação de Igrejas Evangélicas do Uruguai, assinalou que "nós não comercializamos passes de reverendos".
Segundo o portal, vários pastores, sacerdotes e rabinos foram surpreendidos no início do mês quando, além de serem cobrados pelas contribuições ao Banco de Previdência Social (BPS), tiveram também de pagar encargos trabalhistas, tributo do qual eram isentos até então.
O BPS, entidade estatal que paga as aposentadorias e que por isso depende de contribuições, interpretou que a lei os exclui do pagamento pelos serviços religiosos, mas não do pessoal ligado aos refeitórios e a atividades educacionais. Em contrapartida, o banco exime deste tipo de tributo, por exemplo, os clubes de futebol, que também são associações civis.
Bolioli afirmou que, com o pagamento das contribuições, "as igrejas serão afetadas em seus planejamentos", e explicou que grande parte destes recursos que não eram destinados ao pagamento dos encargos é hoje investida em obras sociais. Os porta-vozes das igrejas admitiram que poderiam apresentar um pedido conjunto para que o BPS reveja sua decisão, pois assim ganhariam força na reivindicação.
fontes: Invertia / Gospel +
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