"A religião disse suas últimas palavras inteligíveis, nobres ou inspiradoras há muito tempo: ou isso ou se transformou em um humanismo admirável mas nebuloso, como no caso, digamos, de Dietrich Bonhoeffer, um bravo pastor luterano enforcado pelos nazistas por se recusar a colaborar com eles. Não teremos mais os profetas ou os sábios do passado, e é por isso que as devoções hoje não passam de ecos de ontem, algumas vezes transformados em gritos para disfarçar o terrível vazio. Embora alguma apologia religiosa seja magnífica em sua forma limitada – poder- se-ia citar Pascal – e alguma dela seja lúgubre e absurda – não podemos deixar de apontar C. S. Lewis –, os dois estilos têm algo em comum, especificamente a impressionante carga de tensão que precisam suportar. Quanto esforço é necessário para afirmar o inacreditável!"
Christopher Hitchens, em Deus não é grande. O livro será lançado pela Ediouro em novembro.
30.9.07
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