Reconhecido como a maior autoridade mundial em marketing, Philip Kotler em São Paulo para uma platéia composta por mais de 400 empresas em evento promovido pela HSM. Polêmico e, ao mesmo tempo, com sabedoria e tom de grande mestre, disse que a publicidade infelizmente ainda vive o que ele chama de Ritualização.
"É mais seguro (para os profissionais do marketing) fazer o que você sempre fez do que apostar em coisas novas". O grande culpado, na visão dele, seria o diretor financeiro. "Ele cochicha na orelha do CEO a pergunta: Por que estamos gastando tanto dinheiro em marketing?".
Kotler alertou para um grande risco que o profissional de marketing enfrenta hoje. Ele está sendo obrigado a pensar em finanças. "Pensar em finanças agrega valor à função, mas quando a cabeça se torna mais para finanças o profissional fica avesso ao risco".
Arriscar-se, para Kotler, no auge dos seus 76 anos, é ainda a grande estratégia já que as tradicionais formas de se fazer propaganda não são mais a única opção. Por isso, aconselha: "Considere alocar parte do seu orçamento para estas coisas novas".
O novo, para Kotler, abrange tudo: do blog ao Buzz Marketing, sempre tendo como foco resgatar o "boca a boca". Durante a palestra, retirou do bolso o seu BlackBerry para ilustrar o que seriam as Novas Mídias.
"A internet trouxe voz ao consumidor que pode hoje subir no caixote para discursar em praça pública e ser ouvido", expressão usada para enfatizar o poder dos Blogs para construir e destruir brand. "As empresas estão muito visíveis. Não podemos nos dar ao luxo de sermos médios ou incompetentes".
Futuro das agências e do marketing, segundo Kotler
Seguindo a sua conhecida linha de estratégia de competição, Kotler acredita que as agências terão dois caminhos. Um, é tornar-se uma empresa de comunicação abrangente correndo o risco de cair no descrédito. "Sempre suspeitamos se elas são realmente boas em tudo".
Kotler acredita que agencias full service tendem a fazer campanhas em cima daquilo que elas fazem melhor. A outra opção será tornar-se uma empresa de nicho, levando em conta a possibilidade de vender só criação, sem se envolver com mídia.
Já o marketing, ficará inserido por completo na era 3.0. "Marketing 3.0 agrega uma razão espiritual para comprar um produto, além da razão racional e emocional". O espiritual engloba empresas verdes, voltadas para as questões do meio ambiente ou voltadas para as causas sociais. Neste contexto, cultura fala mais alto do que inovação. "Sabemos que a inovação será copiada, mas a cultura não".
fonte: adNews
3.9.07
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