A loja ainda estava fechada e a galera mais uma vez aproveitou o ambiente tranqüilo para buscar a presença de Deus. O proprietário da livraria abriu o coração e compartilhou as inúmeras dificuldades que estava enfrentando nos negócios. Ressaltou que era o pior período de vendas em muitos anos e que necessitava de sabedoria para descobrir caminhos e estratégias para “sair do vermelho”.
A equipe orou fervorosamente e clamou para que o inimigo fosse envergonhado. Entrecortada de vários “améns”, uma das orações lembrou que aquele era um lugar de bênçãos para crentes de toda a região. Até mesmo incrédulos já tinham sido abençoados por meio de algumas obras. Um deles entrou apenas para comprar papel sulfite e recebeu uma oração da funcionária sensibilizada com o relato das lutas diversas que estava passando.
Com a fé revitalizada, a livraria foi aberta e havia um novo brilho no olhar de todos. Um dos componentes da equipe fez as vezes de DJ e escolheu músicas “de guerra” como trilha sonora. O volume estava acima do usual, mas o que importava era manter em alta o espírito de bravura. No final do dia, a decepção toma conta do ambiente. Por que Deus não respondeu às orações?
Sem paixão não há solução
Desde que Adão transferiu sua culpa para Eva, a humanidade percorre um looongo caminho de se desvencilhar de suas responsabilidades sempre que possível. Da mesma forma, os cristãos manifestam uma fé intrépida na hora de fazer certos pedidos a Deus e sucumbem na hora de promover mudanças em sua própria vida.
Creio de todo o coração na onipotência divina, mas há vários milagres que Deus provavelmente não vai operar em muitas livrarias. Um deles diz respeito ao preparo da equipe. Só por uma bênção sobrenatural uma loja irá bem se os funcionários não gostarem de ler, por exemplo.
Nenhuma igreja nomearia um descrente como líder do ministério de evangelismo. No entanto, muitos proprietários e gerentes contratam pessoas que não gostam de ler e que serão incapazes de descrever com entusiasmo os benefícios proporcionados pela leitura. Como transmitir com paixão verdades que desconhecem?
Infelizmente, o problema se estende também para os empreendedores na área. Cobram enfaticamente da equipe algo que não vivenciam. A julgar pelo desinteresse pelos livros, os negócios na área têm apenas objetivos financeiros. Aí entra a em ação uma professora chamada “crise” e suas lições provocam sofrimento e perdas incontáveis para todos os envolvidos.
Antes de combater o inimigo é necessário identificá-lo. Ele recebe vários nomes mas a estratégia é sempre a mesma: levar as pessoas à inércia, impossibilitando-as de desfrutar de todas as bênçãos que lhes foram preparadas por Deus. Esse sono tem mantido equipes em total apatia, prejudicando milhares de pessoas que poderiam ser alcançadas pelo sucesso do empreendimento.
Mais que nunca, o alerta bíblico nos conclama à ação: “Desperta, tu que dormes”. Enquanto há tempo.
texto de Sérgio Pavarini que será publicado na próxima edição do Catálogo MW.
15.10.07
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3 comentários:
Que beleza, voltou a escrever, mano querido? Já era tempo, hein?
AMEI!
Bjs
É isso aí, Pava. Ler é uma maneira sutil de estar "antenado" no mundo e compartilhar histórias, emoções e conhecimentos. A literatura de modo geral amplia nossos horizontes, diversifica nossas visões e interpretações sobre o mundo – e da vida como um todo. Portanto, é de suma importância desenvolver o prazer pela leitura, pois só assim seremos aprendizes e formadores de opinião, cidadãos autônomos, críticos e criativos.
Parabéns! Abraços pra ti.
E O PAVARINI ACERTA NO PAVAGOL, NUMA LINDA JOGADA DE HABILIDADE cRÍTICA E RETÓRICA!
Não, não estou puxando o saco, mas seu texto é muito bom. Mas o que dize de um país onde o presidente disse que ler é muito chato? Onde a novela é mais valorizada que a lição de casa?
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