17.10.07

São tantas coisinhas miúdas (6)

Uma pesquisa encomendada pelo governo australiano sugere que a campanha que relaciona excesso de velocidade no trânsito ao tamanho do pênis masculino é eficaz.

De acordo com os dados do próprio governo, cerca de 60% dos homens jovens entrevistados admitiram que os comerciais fizeram com que eles repensassem seus hábitos na direção.

Os anúncios de televisão mostram mulheres dobrando o dedo mínimo quando motoristas passam em alta velocidade, dando a entender que o motorista está correndo porque tem o pênis pequeno.

A campanha publicitária da agência de Trânsito do Estado de Nova Gales do Sul tem como público-alvo jovens do sexo masculino com idades entre 17 e 25 anos e, desde que estreou em junho, gerou polêmica e acusações de discriminação.

As autoridades locais dizem, no entanto, que alguns egos feridos são um preço baixo a pagar se os anúncios ajudarem a salvar uma vida. Segundo a agência de trânsito do Estado, o excesso de velocidade é responsável por cerca de 40% dos acidentes nas estradas todos os anos.

"O ato de dobrar o dedinho atinge uma faixa crucial dos motoristas jovens. Eles estão usando (o gesto) para diminuir a velocidade dos amigos e impedir que eles ajam de forma imprudente nas nossas estradas", disse o secretário de Trânsito Eric Roozendaal ao jornal Sydney Morning Herald.

Terapia de choque
Segundo os responsáveis pela campanha, a idéia nasceu após a constatação de que os anúncios tradicionais mostrando as conseqüências do excesso de velocidade, como cenas de acidentes e feridos, estavam se tornando menos efetivos entre os jovens.

Segundo John Whelan, diretor da agência de trânsito, "jovens expostos a jogos de computador, à mídia moderna e a filmes de terror" não se impressionam mais com as imagens das campanhas tradicionais.

Além das propagandas na TV, a campanha – que custou 1,9 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 3,15 milhões) – também tem anúncios para cinema, pontos de ônibus e internet. Os cartazes trazem o slogan "Alta velocidade. Ninguém te acha grande" e oferecem preservativos "extra extra pequenos" aos que se excedem na velocidade.

fonte: BBC
colaboração: Rodolfo Ortiz

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