1.10.07

Terra Santa

"Ele é o tipo de homem que acabará morrendo em seus próprios braços."
Mamie Van Doren

Há mais ou menos dez anos, o grupo Silvio Santos considerou a possibilidade de desenvolver um parque temático religioso em Aparecida do Norte. As hipóteses iniciais foram desenvolvidas, mas o empreendimento acabou parando na burocracia da igreja, e na falta de um interlocutor oficial da Icar que emprestasse garantia a tudo o que estava sendo previsto e considerado. Em algum momento, de verdade, Aparecida ganhará um parque temático.

Nos EUA isso já aconteceu e quase quebrou. Milhares de brasileiros vão e retornam a Orlando várias vezes, mas poucos sabem que, além do Disney World, do Epcot, do Animal, da MGM, da Universal, do Sea World, e outros mais, que a cidade também abriga o Holy Land Experience. Segundo muitos, ou, segundo os poucos que circunstancialmente passaram em frente e acabaram visitando, "um parque menos que meia boca".

Tudo começou em 2001, tendo como inspiração uma mensagem recebida pelo Rev. Marvin Rosenthal, de New Jersey, que deveria criar o Holy Land Experience no sul do país, mais especificamente na cidade de Orlando, e assim fez.

Funcionou durante seis anos e quase quebrou, não fosse a providencial intervenção da Trinity Broadcasting Network, uma organização religiosa da Califórnia, que pagou pelo parque US$ 8 milhões e promete agora, e de verdade, fazer do Holy Land Experience um parque temático à altura dos mais famosos e tradicionais da cidade.

Em sua concepção original o Holy Land Experience é muito mais um lugar para rezar e meditar do que para se divertir. São dez atrações no total sendo as mais procuradas o The Scriptorium – museu de objetos relacionados à Bíblia –, Reflecting Pool – espelho d‘água para reflexão e meditação, Shofar Auditorium – teatro moderno para apresentações localizado junto a uma réplica da cidade de Jerusalém de 66 a.C., Calvary Garden Tomb – ponto culminante da caminhada de Jesus até seu túmulo, local de preces e orações, The Great Temple – lugar onde Jesus ministrava seus ensinamentos, e ainda o Dead Sea Qumran Caves, Wilderness Tabernacle, Kid Ventures, e Jerusalem Street Market, onde os visitantes voltam no tempo – 2.000 anos – e conhecem o mercado de rua da cidade de Jerusalém na época.

O Holy Land Experience, salvo pela Trinity, permanece aberto no formato como foi concebido, de segunda a sábado, das 10am às 5pm, e quem compra um tíquete para um dia recebe mais sete dias de bonificação.

Mesmo no formato atual, os preços já subiram: dos US$ 30 por adulto para US$ 40. Para os freqüentadores habituais recomenda-se o Anual Gold Pass por US$ 70 – com direito a freqüentar o HLE durante 365 dias.

Quem comprar o Gold Pass, merece!

Em tempo: o Holy Land continua aceitando reservas para festas e casamentos.

Francisco A. Madia, no jornal Propaganda & Marketing.

Um comentário:

`:_(°)~ Mεnos έ Mąis ~(°)_:´ disse...

Nós boçais homo sapiens precisamos aprender mais de Deus.
Gente, quem nesse mundo precisa se trancar para encontrar Deus é porque não reconhece que esta atitude é inversamente proporcional a isso, achei lindo o que o Pr Gondim disse, que tem vontade de se assentar numa mesa fazer batucada e cantar.
Eu também, pena que só fiz isso quando era uma mundana, hoje os dogmas não mais permitem, sei lá, a máxima é: creio em Deus sou careta (literalmente)... caras e bocas, fechadas nenhum sorriso, nada, nenhuma expressão, que pena!
Creio que quando Jesus cantou o hino para subir ao Calvário não foi um cântico dolorido e cheio de auto-piedade, mas, um cântico de alegria até, e por quê não, batucada na mesa, se alguém quisesse fazer.
Nós ficamos, após a conversão com tanto medo de sair da presença de Deus e não nos apercebemos que nunca entramos, quando colocamos Deus numa caixinha.
Quer ir num local lindo Jardim do Éden mesmo?
Se abra, derrube os muros chame os amigos e os inimigos, viva.

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