Matéria recente s/ Alucinação Musicais, o novo livro do neurologista Oliver Sacks (olha o merchan p/ a Companhia das Letras), rememora alguns famosos que eram conhecidos por terem “ouvidos de pedra”. Na lista dos desprovidos de sensibilidade musical, gente como o presidente americano Theodore Roosevelt e Che Guevara, Ao que parece, um capricho da natureza infligiu ao guerrilheiro argentino um “hay que endurecerse”, ao menos na capacidade de discernir sons e tons.
Outro “prejudicado na percepção musical” (viva a linguagem politicamente correta), o Vladimir Nabokov, escreveu: “A música me afeta como uma sucessão arbitrária de sons mais ou menos irritantes”. Certamente o romancista russo não conhecia algumas estações de rádio cristãs... aí trocaria o “mais ou menos” por “intermitente”.
Blagues à parte, me lembrei do artigo s/ o livro ao pensar que existe um outro tipo de “surdez”. A gente cantarola uma pá de músicas sem prestar a mínima atenção ao conteúdo das letras. Como compositor, classifico essa desatenção como uma grande falta de respeito. Se as canções são em inglês, o problema complica ainda mais. Basta assistir no YouTube a inclassificável performance de alguns candidatos do Ídolos ao cantar em algo que pretensamente seria a língua inglesa. Glossolalia total!
Com o U2 acontece o mesmo problema. Segundo o autor do livro que inspira minhas participações neste pocket-show, “há um rio subterrâneo profundo que corre através das faixas gravadas nos discos da banda irlandesa. Elas nos fazem pensar e deixam um convite irresistível a desatar os freios da imaginação”.
No início da carreira da banda, Bono escreveu algumas palavras para seu pai, que havia acabado de falecer: “Espero que nossas vidas sejam um testamento para as pessoas que nos seguem, e para a indústria da música que nunca teve tanta gente perdida e triste, reunida em um lugar fingindo que está se divertindo. É nossa ambição fazer mais que boa música”.
Yes, Mr. Paul David Hewson, ou sr. Bono Vox. Vocês conseguiram!
Outro “prejudicado na percepção musical” (viva a linguagem politicamente correta), o Vladimir Nabokov, escreveu: “A música me afeta como uma sucessão arbitrária de sons mais ou menos irritantes”. Certamente o romancista russo não conhecia algumas estações de rádio cristãs... aí trocaria o “mais ou menos” por “intermitente”.
Blagues à parte, me lembrei do artigo s/ o livro ao pensar que existe um outro tipo de “surdez”. A gente cantarola uma pá de músicas sem prestar a mínima atenção ao conteúdo das letras. Como compositor, classifico essa desatenção como uma grande falta de respeito. Se as canções são em inglês, o problema complica ainda mais. Basta assistir no YouTube a inclassificável performance de alguns candidatos do Ídolos ao cantar em algo que pretensamente seria a língua inglesa. Glossolalia total!
Com o U2 acontece o mesmo problema. Segundo o autor do livro que inspira minhas participações neste pocket-show, “há um rio subterrâneo profundo que corre através das faixas gravadas nos discos da banda irlandesa. Elas nos fazem pensar e deixam um convite irresistível a desatar os freios da imaginação”.
No início da carreira da banda, Bono escreveu algumas palavras para seu pai, que havia acabado de falecer: “Espero que nossas vidas sejam um testamento para as pessoas que nos seguem, e para a indústria da música que nunca teve tanta gente perdida e triste, reunida em um lugar fingindo que está se divertindo. É nossa ambição fazer mais que boa música”.
Yes, Mr. Paul David Hewson, ou sr. Bono Vox. Vocês conseguiram!
.
trecho inicial do papo que rolou durante o pocket-show c/ músicas da banda irlandesa na última quarta-feira no teatro do Colégio São Luís (SP).
Nenhum comentário:
Postar um comentário