Demorou, mas o sensacional governo do Pará encontrou o culpado pelo estupro da adolescente L. Brasil, de 15 anos, mantida junto com vinte homens por quase um mês na cadeia da delegacia de Abaetetuba, no interior do Estado. A própria garota, lógico.
Esse é o raciocínio de gente como o delegado-geral da Polícia Civil do Estado, Raimundo Benassuly. "Essa moça tem, com certeza, alguma debilidade mental, porque em nenhum momento ela manifestou sua menoridade", disse o delegado, durante audiência pública para discutir o caso no Senado.
No momento da declaração do delegado, estavam na mesa a secretária de Segurança Pública do Pará, Vera Tavares, o promotor de Justiça do Pará Gilberto Valente, o presidente da OAB, Cezar Britto, e o presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Paulo Paim (PT). Nenhum deles se manifestou sobre a frase – apenas depois, pressionados pela imprensa.
A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), que quando estourou o caso preferiu ir almoçar com empresários no Rio de Janeiro, brigou com os repórteres quando soube da declaração do delegado. Até hoje de manhã, Benassuly continuava no cargo.
Ana Júlia, que gosta de se dizer “indignada como mulher” em relação ao caso de L. Brasil, foi com sua trupe a Brasília tentar arrancar quase R$ 90 milhões do governo para obras em presídios.
O problema, revela O Globo, é que o Pará está impedido de receber dinheiro federal para financiar obras no sistema prisional desde outubro por suspeitas de corrupção em um convênio para a construção do Presídio Estadual Metropolitano III.
fonte: O Filtro
28.11.07
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
ora brasiiiiiiiiil
Postar um comentário