Beijos na bochecha em homens bigodudos, passeios de mãos dadas com líderes árabes e jantares em horários imprevistos, fizeram parte do pequeno calvário que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, teve que enfrentar em sua visita ao Oriente Médio, da qual levou, em troca, presentes dignos de um imperador.
Em uma cultura onde o contato direto é grande, Bush seguiu as lições de seu chefe de protocolo ao pé-da-letra, apesar de terem representado uma mudança enorme em relação ao que está acostumado.
O presidente, que é um homem familiarizado com as rudes tradições texanas, deu, durante a viagem, os dois beijos que marcam o costume no mundo árabe - uma manifestação de afeto e amizade entre homens.
Bush também caminhou de mãos dadas com o rei saudita Abdullah Bin Abdelaziz, além de seguir a tradição de tomar, ao início de toda reunião, um café árabe com aroma de cardamomo e açafrão, "adoçado" pelas tâmaras com os quais se toma, em xícaras sem asas.
A bebida é, na verdade, um chá, cujo gosto é muito distante do café aguado tomado em copos grandes pelos americanos.
"Ao longo dos anos, Bush aprendeu bastante sobre as diferenças culturais nos países", disse à Agência Efe Gordon Johndroe, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca.
Não se sabe se essa sensibilidade a outras culturas lhe deu coragem suficiente para provar os cérebros de cabra que os emirenses serviram em uma de suas paradas em Dubai.
fonte: Último segundo
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colaboração: Rodney Eloy
18.1.08
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