Excesso de pecado, excesso de fornicação, excesso de soberba, excesso de futilidades.... vivemos a era dos excessos, indicando que há uma perda do equilíbrio, do bom senso e do domínio próprio. Acostumamo-nos ao nosso ser fragmentado. Acostumamo-nos ao pensamento reprovável, compramos a idéia de que o mundo é assim, a vida é assim... Somos seres gregários que acompanham a massa. Marina Colasanti percebeu isso e escreveu com maestria:
De igual modo, a gente se acostuma com o pecado. São vícios da alma que vão crescendo, adquirem vida própria e passam a reclamar que fazem parte de nós. São máscaras que, de tanto usarmos, nos apegam ao rosto, e quando tentamos tira-las não reconhecemos quem vemos no espelho.
Espera-se do cristão que seja transformado de glória em glória segundo a imagem de Cristo, e não simplesmente que tenha uma “conduta adequada”. Querer adequar comportamento dos fiéis foi o que os grupos fundamentalistas sempre fizeram, numa espécie de behaviorismo cristão, condicionando as pessoas a darem as respostas que se esperavam delas. Mas o resultado se mostrou desastroso, pois elas se adequaram àquilo que o grupo queria, mas suas contradições interiores não foram equacionadas.
Estou cansado de ver gente neurotizada pelo evangelho da “conduta adequada”. Cristo não veio “melhorar” o comportamento de ninguém, veio mudar a vida, as motivações, os olhos, as entranhas... Somente o comportamento que vem de dentro pra fora e se origina “de cima” pra baixo, é legítimo, honra a Deus e testemunha uma vida interior plena.
trecho de A barriga está crescendo, texto do Daniel no blog Frenesy.
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