A escolha do dia 21 de janeiro para esta data de combate à intolerância religiosa não foi por acaso. No dia 21 de janeiro de 2000, no Rio de Janeiro, morreu a Mãe Gilda de Ogum. Ela teve um enfarte fulminante quando viu crentes que se consideram evangélicos invadirem e destruírem a sua casa de culto (Abassá de Ogum).
Embora os meios de comunicação quase não publicam, ainda proliferam no Brasil, aqui e ali, alguns conflitos violentos entre membros de determinadas Igrejas e outras confissões religiosas. Em Campina Grande, PB, já há quase 20 anos, acontece um “Encontro da Nova Consciência” que reúne pessoas de várias tradições espirituais comprometidas com a paz.
Há alguns anos, crentes de algumas confissões cristãs organizaram ao lado um encontro paralelo: “Encontro da Nova Consciência com Cristo” que não admite pessoas que não sejam de suas Igrejas. Estes fazem manifestações com som alto, justamente quando os religiosos das diversas tradições se unem para orar pela paz.
No ano passado, crentes deste grupo fundamentalista invadiram a celebração ecumênica feita pelos outros religiosos para impedir que os Hare-krisna cantassem seus mantras e expulsar o demônio dos adeptos da Umbanda e do Candomblé. Eu e vários irmãos tivemos de atuar para impedir um confronto e para responder à revolta das pessoas agredidas que abriram um processo judicial contra os agressores.
Para fazer do Brasil um país no qual a pluralidade religiosa seja motivo de enriquecimento recíproco e não de intolerância, a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República realizou uma cartilha e um vídeo sobre “Diversidade Religiosa e Direitos Humanos” que tem contribuído para criar um clima favorável ao respeito e à complementariedade mútua entre as diversas tradições culturais e religiosas.
Agora, a iniciativa deste dia nacional de combate pacifico contra a intolerância religiosa pode contribuir para que cada corrente espiritual veja que a outra não lhe é concorrente, mas complementar. A diversidade cultural e religiosa é uma riqueza inspirada pelo próprio Espírito Divino e não só deve ser aceita ou assumida, como valorizada e incentivada através do diálogo que permite a cada tradição expressar sua peculiaridade própria e sua riqueza cultural.
trecho de O Brasil e a tolerância religiosa, texto do monge beneditino Marcelo Barros no site Carta Maior
colaboração: Alzira Sterque
Com o mau uso ou a repetição ad nauseam, certas palavras tornam-se desgastadas. No meu vocabulário, "tolerância" é uma delas. Parece agora algo compulsório imposto pela militância gay, sendo necessárias leis-mordaças cuja mera discussão amplia ainda + a distância entre os grupos.
Décadas atrás, os evangélicos eram perseguidos. Hj, chutam a santa na TV, zombam de Nossa Senhora nos cultos, destroem estátuas de orixás, invadem terreiros de umbanda, tratam os ateus como ETs e proclamam que as cidades "são do Senhor Jesus", açulando gratuitamente os ânimos de quem professa outras crenças.
Em A alma imoral (Rocco), o rabino Nilton Bonder preconiza "um mundo muito além da tolerância - um mundo de apreciação". Quimera pura.
25.1.08
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Não peço que os tire do mundo, mas que os livre do mal. Jo 17:15
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Bem representou seu papel sacerdotal o Filho do Homem, quando orava e intercedia pelos caminhantes de seu presente e dos que iam se achegando durante os séculos seguintes: cegos e surdos a manifestação do Amor, até que um milagre aconteça.
Hoje, a omissão prevalece quanto ao verdadeiro propósito estabelecido por Cristo à sua Igreja: a cura dos pecados.
Nosso papel é chorar e amar como pais compadecidos pelos que não conseguem enxergar suas imperfeições carnais, ainda que não estejamos totalmente livres dos pecados só mais esclarecidos quanto a eles, para que possamos confrontá-los ao invés de dar desculpas ou legitimidade pela existência deles em nós.
Essa é a valentia de um Filho de Deus, coragem para dizer NÃO! aos padrões do mundo.
Amo meus pais espirituais que enfrentaram todos os padrões para que o evangelho chegasse até mim, pelo fato de que minhas convicções conduziam-me à escuridão eterna.
Trafegando pelos dados cristãos na net vislumbro uma humanidade concretada em seus padrões tendenciosos e mundanos, longe da santidade (renovação da mente), e sem saber como querer ser separado para Deus usar.
Toda a criação geme aguardando a manifestação dos filhos de Deus.
Como manifestar o Amor? Como frutificar o Consolo?
Firmados na Verdade precisamos nos apresentar e falar a linguagem do mundo sem nos contaminar?
SENHOR JESUS...
...como podemos mudar tudo isso?
...precisamos do seu Coração.
Aqui jaz um mar de lágrimas pela morte dos que não tiveram a honra de conhecer o SENHOR.
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