Há tempos venho sentindo na carne algo estranho. Quando vejo o que escrevemos, pensamos e sentimos é curioso como nossa formação de influência cristã interfere nos escritos e em qualquer bate-papo de bar. É como se fosse uma linguagem em comum que dá vazão a toda uma variedade de impressões e idéias a respeito da vida.
Será que a coisa é nosso objeto de diálogo ou só uma expressão de uma "coisa de fato, em si"? Será Cristo o Verbo ou uma projeção imaginária em comum de nossos clamores? Será a Graça existente ou uma palavra comum de diálogo que representa o nada e as fatalidades humanas?
São perguntas complicadas. Confesso que comecei a pensar e escrever hoje sem objetivo de dar uma arquitetura racional de argumentos e pretensões de respostas. Minha sensação é de uma expectativa a respeito de algo que virá de maneira completamente independente de minha vontade ou torcida.
Por falar em vontade e torcida há dois tipos de ortodoxos: um acredita profundamente e leva sua profissão de fé a sério, mesmo esta não indo a favor do seu ego (esse é o cara legal que entende a Cruz); o outro acredita em todo um sistema de doutrinas e visões de mundo, às vezes até interessantes, a fim de satisfazer seu desejo de poder ou vaidade (esse é o cara chato). Falando assim até parece que o mais importante não é "no que" se acredita, mas "pra quê" ou "a favor do que”, mas isso é outro longo e complicado assunto...
Pois bem, voltando à questão. Palavra ou Expressão? Coisa ou Projeção? Visão ou Miragem?
trecho de Entre o Espírito e a Letra, texto do Vinícius no blog Os Decadentes.
9.2.08
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
opa! legal receber sua audiência no nosso blog mais uma vez.
abraço!
Postar um comentário