Aguardamos e conjecturamos e tememos, enquanto o aguardado e conjecturado e temido acontece como possibilidade. Silencioso, embora colérico, discreto, embora transformador. O Apocalipse, o último dos futuros, é mais implacavelmente presente do que nos permitimos crer.
É o Mundo que sofre a ameaça das forças apocalípticas, que são bestiais, mas também consoladoras (Jo 14:16ss.). A volta apocalíptica de Cristo (Jo 14:18) assolará o Mundo e romperá suas vendas (Jo 14:19). Com o Fim do Mundo, que é menos um evento histórico-catastrófico que um evento espiritual-redentor, a inconsciência cede lugar a consciência, a harmonia é finalmente re-encontrada e a eternidade alegremente gozada.
O herói é aquele que se abre para o furor dos chifres vários do Apocalipse com o fito de ver perfurado o tecido barato da sua mediocridade; daqueles orifícios brotam o líquido seminal que perpetua a vida. É morrer para nascer de novo.
Deste modo, o mistério do Apocalipse consiste em destruir para construir; perfurar a superfície para liberar o fluxo dos elementos essenciais. O Fim do Mundo é apenas o início de um reino de harmonia e beleza, que embora não limitado a matéria, depende dela.
Alysson Amorim, chefe da sucursal mineira do PavaBlog#. Welcome!
11.3.08
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