Imagine se você está numa competição e a poucos metros da chegada, você pára seu carro e desiste da vitória sem qualquer motivo aparente. Imagine se você tem uma empresa e está prestes a fechar um negócio que vai fazer a sua independência; então, você simplesmente sai da mesa e deixa todos os seus empregados e investidores “a ver navios”.
Pois foi isso que o repórter policial e deputado federal Wagner Montes fez. Virtual vencedor das eleições municipais cariocas, liderando disparado todas as pesquisas de opinião, desde o início e contando com forte apoio das massas, Wagner Montes apenas desistiu de sua candidatura.
Curiosamente, quem vinha logo atrás dele, era o Senador Marcelo Crivella. O famoso bispo-dono-de-emissora-de-televisão-empresário, que é sem ser. Isso mesmo. Crivella é reconhecidamente um dos acionistas majoritários da Record, e empresário milionário. Mas alega ter “doado” tudo aos pobres. Todos o tratam como “Bispo”. Contudo, teima em tentar se desvincular da Igreja Universal do Reino de Deus alegando que “está licenciado”. Logo; Crivella é sem ser, um monte de coisas.
O mais interessante, é que a notícia da renúncia de Wagner Montes, automaticamente, lança a candidatura de Crivella (que ia mal) ao patamar de líder da campanha. E tendo como principal projeto, o fornecimento de barracos blindados aos favelados cariocas. Aliás, o bispo já há várias eleições, apresenta como proposta de campanha sua tentativa de transformar as favelas em construções multicoloridas. Dando apenas uma maquiagem nos barrados e esquecendo-se de que o favelado quer muito mais do que “uma mão de tinta”. Quer escolas, postos de saúde e dignidade.
E o estranho de tudo, é que Wagner Montes teve seu contrato renovado com a Rede Record até 2010 e ganhou maciços investimentos em seu programa. Ele alega que isso não têm ligação com sua renúncia. O que pode até ser verdade; mas que ficou um “cheiro de armação” suspeito no ar, isso ficou.
Longe de insinuar algo contra a lisura dos dois candidatos. Mas o que vejo, é que o Rio de Janeiro perdeu aquela legião de políticos engajados e cheios de idéias revolucionárias, que irritavam Brasília e tornaram nossa cidade uma reserva de inventividade, boas idéias e projetos de alto apelo público.
Depois do “Casal Garotinho” e da invasão dos “Bispos”, nossa cidade é hoje uma sombra do que foi em seu passado brilhante. Preocupados apenas com o populismo e em fazer de nossa cidade e estado apenas um trampolim político para suas ambições particulares. Chovem candidatos sem qualquer bagagem política, sem projetos de qualidade e de real valor para o povo e sobram padrinhos, amigos dos amigos, bispos, pastores e outras calamidades que apenas se valem da inocência e do despreparo político dos cidadãos mais simples, para abocanharem as gordas fatias orçamentárias de nossa cidade.
Ao povo de minha amada cidade, peço apenas que não se deixe levar por pessoas. Vote nos projetos e no que as pessoas fizeram ao longo de sua história política. Se o bispo, pastor, repórter ou padre desfruta de mandatos, a longo tempo, e nada fez. Qual a relevância de suas promessas agora? Qual a garantia de que, nesta eleição, realizarão os projetos que dizem ter? Não seja bobo. Lugar de bispo, padre e de pastor é na Igreja e não na política.
fonte: Visão panorâmica
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colaboração: Natália
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Um comentário:
temos que orar pela limpeza de nossas igrejas e da nossa vida tmb!
pq a rebeldia nao nos leva nada, mas a oracao ira nos levar a santidade.
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