O Pró-Consul do Império Romano Pôncio Pilatos, de certa forma, expressava o dilema de cada ser humano em sua indagação sobre a verdade. Sem perceber, ele estava diante dela. A verdade personificada em Jesus Cristo, o Messias, Deus-Homem, único mediador entre Deus e os homens, único caminho, única fonte de vida, única verdade. Ele mesmo assim o afirmara em sua auto-identificação, que a nós cabe aceitar ou rejeitar, e não emprestar outro significado.
O ser verdade atestara, por seu estudo, sua presença no Templo e nas sinagogas, em seus pronunciamentos, em suas citações, a veracidade do conteúdo do Antigo Testamento. Suas falas iniciavam o Novo Testamento, a ser prosseguido por seus discípulos e ouvintes privilegiados. “A Tua palavra é a verdade”. Para inspirar os textos, os autores o texto e a comunidade que viveria o conteúdo do texto, em seu contexto, Ele enviaria “o Espírito da Verdade”, ou seja, o Espírito Santo.
Por dois mil anos, com suas debilidades internas, suas heresias, suas perseguições externas, a comunidade do texto, a Igreja, tem subsistido e missionado, pela construção de uma mente e um consenso iluminada pelo mesmo Espírito que inspirou os autores.
A Modernidade pretendeu que a razão humana limitada fosse a única via para se conhecer a verdade, negando o lugar da Revelação. A Pós-Modernidade, em seu absoluto relativismo, somente reconhece a “verdade” de cada um, radicalmente subjetiva. Seus teólogos negam a unicidade da verdade, e defende a sua diversidade em um interminável “processo”, levando os fiéis e o mundo a um estado mental de desorientação, que resulta em um estado espiritual árido e um estado moral caótico.
Com Sua morte veio a possibilidade do resgate dos perdidos. Morte suficiente para salvar a todos, e eficiente para salvar aos que crêem: os eleitos.
Em nossos tempos de vazio e relativismos, a Sua ressurreição é, acima de tudo, a ressurreição da verdade, e a derrota da mentira e do pai dela: satanás.
Alegre-se Povo de Deus! Ele Ressuscitou! Ele está vivo. A verdade Ressuscitou! Aleluia!
Dom Robinson Cavalcanti, bispo diocesano.
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