11.3.08

Sem negócios com Deus

Quem não se lembra da menina banguela que na década de 80 encantava a todos cantando “Plunct-Plact-Zum” e “Ursinho Pimpão”? Quase todo mundo que viveu a época se lembra de Simony, 31 anos, e da turma do “Balão Mágico” – programa apresentado por ela, Tob (Vimerson Cavanillas), Mike (Michael Biggs), e Jairzinho (Jair Oliveira).

A atração, que dominava as manhãs da TV Globo de 1983 a 1986, e que vendeu mais de 10 milhões de discos, está completando 25 anos e vai receber homenagem da cantora. Ela vai gravar um CD com os maiores sucessos do grupo para lançar em abril. O projeto terá a participação dos seus filhos Ryan, de 6 anos, e Aysha, de 4. Além dos dois, ela também é mãe de Pyetra, de um ano e meio.

Para falar desse e de outros projetos, EGO procurou a cantora que também fez um balanço da carreira, família e superexposição na mídia.

Como surgiu a idéia do projeto para homenagear o “Balão Mágico”?

O grupo faz 25 anos de existência esse ano, e quis comemorar a data. Nele, meus filhos cantam. O Ryan divide os vocais comigo em uma faixa chamada Manhê, e Aysha canta Ursinho Pimpão, e fazem praticamente todos os refrões comigo.

Tendo pai e mãe cantores, os meninos também levam jeito?

Eles adoram cantar e são superafinados. Até porque se não fossem não deixaria que participassem só pra dizer que meus filhos estão no CD. Tive a idéia, conversei com eles, e todos gostaram.

E por que não convidar os antigos integrantes do grupo?

O Orival Pessini, que fazia o Fofão, faz participação em uma das faixas. O Mike não mora mais no Brasil e ficaria inviável pra ele. O Jairzinho nem convidei porque ele sempre disse que queria direcionar a carreira pra um outro lado. Sabia que não iria topar. Também não quis chamar muita gente para não descaracterizar o projeto. Ano que vem, quero fazer o 2. Aí, sim quero chamar algumas pessoas que cantaram comigo.

Como você classifica sua carreira agora?

Não vendo mais no mesmo patamar do Balão Mágico. Até porque a indústria fonográfica mudou. Naquela época não existia a pirataria. Minha carreira está no lugar que gostaria que estivesse. Sei que se lançar um CD vou ganhar um disco de ouro porque vai vender de 50 a 70 mil, que vai me dar trabalho, render shows e que vai ter público. Não adianta a gente vender um milhão de discos e não estar satisfeito. Faço meu trabalho para um grupo que gosta de mim. No meio do ano, vou gravar outro CD chamado Simony In Concert, que vai ter DVD também. Vou cantar com orquestra músicas de Lupicínio Rodrigues, Maysa e outros.

Você é evangélica, e continua cantando músicas românticas?

Meu trabalho continua sendo com músicas românticas. Não gosto de fazer negócio com Deus. Jesus é uma coisa muita sagrada, faz parte do meu momento íntimo. As pessoas sabem que sou evangélica porque, quando me converti, falei muito sobre isso, mas prefiro não impor nada a ninguém. Eu mesma deixei de me converter antes porque as pessoas tentavam me convencer e me irritavam muito. Só falo de Jesus quando a pessoa me dá chance pra isso. Quanto à música, prefiro não fazer comércio com Deus. Se amanhã ou depois sentir vontade de cantar gospel, faço um CD e distribuo para os amigos e as pessoas que amo.

Você faz parte de que denominação?

Prefiro não falar para não ficar generalizado. Sou de Jesus e não de igreja.

Quando você encerrou o ciclo de sua carreira infantil, você posou nua para a “Playboy”. Arrepende-se disso?

Não me arrependo, não. Foi um trabalho muito bacana que fiz. Serviu para mostrar que não era mais criança. Ficou muito bonito, nada vulgar. Eles tiveram muita paciência comigo porque no meio da sessão de fotos queria desistir, mas deu tudo certo.Você também posou para a “Sexy” em 2000.

Até hoje você recebe convite para posar nua?

Recebi há um tempo atrás, mas isso agora é complicado para mim. Tem meus filhos, a vida que levo agora, casada. Acho que não tem mais a ver comigo. Mas não sou aquela que se arrepende do que faz, não. Foi muito bom, adorei e o dinheiro foi ótimo.

Mas se o seu marido não se incomodasse, você posaria nua de novo?

Não. Não faria por mim mesma. Não gostaria mais de fazer.

fonte: EGO [via Clipping Evangélico]

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