9.4.08

Boa idéia

O ministro Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) admitiu nesta quarta-feira que o governo federal examina alternativas para modificar o sistema de serviço militar obrigatório. Uma das possibilidades é dar ao candidato o direito de escolher entre o serviço militar e o serviço social obrigatório. Mas para isso o interessado deverá se submeter a um rígido treinamento militar e ficará à disposição do Estado como integrante de uma força de reserva a ser acionada em caso de emergência.

"Até poderemos discutir estabelecer ao lado do serviço militar obrigatório, um serviço social obrigatório. Quem não prestar o serviço militar prestaria o social e receberia um treinamento militar e rudimentar para poder compor uma força de reserva capaz de ser mobilizada em circunstâncias de emergência nacional e mundial", afirmou o ministro, na Câmara.

Unger e o ministro Nelson Jobim (Defesa) prestam esclarecimentos sobre o Plano Nacional de Defesa na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, na Câmara. Inicialmente, a idéia era que ambos falassem em sessão fechada, mas depois os deputados decidiram abrir a reunião.

O ministro de Assuntos Estratégicos disse que há outras hipóteses sendo analisadas pelo governo em relação ao serviço militar obrigatório. Uma das idéias é "de fato" transformar o serviço em obrigatório, criando critérios de escolha dos candidatos sem que possam obter dispensas das atividades militares.

De acordo com Unger, os critérios a seguir se baseariam no vigor físico e na capacidade intelectual do candidato, além da representação de todas as regiões do país e classes sociais.
Segundo o ministro, atualmente a maior parte dos recrutas é formada por homens de origem pobre. "Em geral [...] os recrutas são rapazes pobres que não têm outras alternativas", disse o ministro. "Em um país tão desigual quanto o nosso, o serviço militar funciona como nivelador republicano."

Unger disse ainda que a terceira alternativa avaliada é ampliar o sistema atual de serviço militar obrigatório. A proposta é associar à educação militar dos jovens o ensino técnico e orientação civil. Ele não especificou como funcionaria essa orientação civil.

fonte: Folha Online

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