Mas há o outro lado da moeda. Um deles, já contei aqui, é o sacrifício necessário para aumentar a audiência e conseguir uns reais a mais no orçamento. O outro são as malas. Malas são aquelas pessoas que recebem este apelido porque são tão chatas quanto (ah, vá!) carregar malas. E carregar malas é o preço que cobra o crescimento de um blog.
O primeiro tipo são as malas mal educadas. O sujeito acessa o Google, digita um termo qualquer (uma putaria qualquer) e chega ao blog. Não entende quase nada, mas, adestrado que é, consegue deixar um comentário com meia dúzia de termos que deixariam vovó corada. E com vários erros de português. Ele nunca mais volta, mas fica feliz ao falar seus palavrões.
O segundo tipo são as malas revisoras. Qualquer um erra. E quando se tem um blog, abre-se uma vitrine. E qualquer um pode ler esta vitrine. É ótimo quando erros são apontados, não é bom deixá-los perpetuados. Mas as malas revisoras mostram inequívoco tesão ao encontrar um erro de qualquer natureza. É um cyberfetiche. Normalmente são pessoas que nunca deixam comentários, em post nenhum. Mas quando encontram um erro sentem indescritível prazer.
Correm aos comentários e destilam tremenda ironia. Nunca mais deixarão comentários, porque ali naquele endereço já cumpriram seu objetivo.
Os dois tipos têm uma grande diferença. As malas mal educadas são anônimas. Deixam e-mails e nomes falsos, embora possam ser identificadas pelo iP. Porém, as malas revisoras mostram a cara. Deixam nome e e-mail. Os dois têm em comum o fato de normalmente não ter blogs. Ou de já terem abandonados seus endereços.
Lidar com gente mal educada e irônica é a parte ruim de ter um blog. Felizmente é sempre a menor parte dos visitantes. Se você quer fazer do seu blog um endereço para mais de 25 pessoas por dia, prepare-se. Quanto mais visitantes, mais malas você vai ter de carregar.
fonte: www.estadodecirco.net
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colaboração: Rogério Moreira
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