Quero me perder dessa salvação intelectual
Quero esquecer-me dos teus jargões eclesiais
Quero purificar meus pés dos teus templos
Lavar-me dos teus batismos
e sacudir de mim a poeira de tuas catedrais
Quero o lado de fora das sacras paredes caiadas
Quero esquecer teus shows, tuas meras pregações
Quero perder-me, perder minha vida para a encontrar
Vaguear pelas ruas, na escuridão da noite
nos cabarés, na periferia suja, achar-me a iluminar
Quero tudo o que tu não queres, porque és chique
Quero desviar-me de ti, para andar no Caminho
Quero comungar com os impuros e ímpios
e um coração novo para diante de tua “santidade”
Ainda assim, como Cristo, te amar
Quero ser herege das tuas infantis doutrinas
Quero ser Lutero, Wesley e Calvino para te reformar
Quero ser Agostinho, Teresa, Romero e Francisco
e viver em função da justiça social de Cristo
o Evangelho integral e vivo praticar
Quero ouro puro, no fogo refinado
Quero vestir-me de peças brancas celestiais
Quero colírio para meus olhos enxergarem a Igreja
emancipada e livre de um pseudo cristianismo
da alienação, do materialismo e dos feudos pastorais
T. G. Klohn, em Cartas a Wittenberg.
fonte: blog Balaio das Artes
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