22.5.08

Beautiful day

“U23D” é o primeiro registro de um show de rock utilizando tecnologia de filmagem para, como o título deixa claro, exibição em três dimensões. As imagens foram feitas durante a mais recente turnê dos irlandeses pela América do Sul, em 2006, com trechos do show realizado em São Paulo, mas com mais ênfase no da Argentina.

A exibição do filme nas salas do circuito IMAX, com sua tela de 20 metros de altura por 26 metros de largura, casa bem com a megalomania tão característica do vocalista Bono. Antes do início da sessão, a caprichada apresentação do equipamento de som do cinema, é a melhor parte. Segundo o site da distribuidora de "U2 3D", o filme deve ser exibido no Brasil no mês de outubro - são citados os estados de Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

Assistir a “U23D” nesse ambiente é impressionante. Usando os grandes óculos especiais e encantados com o efeito proporcionado, no início da apresentação há muitas risadas e algumas esticam a mão e tentam tocar nos objetos. Uma ingenuidade que lembra os relatos das primeiras sessões de cinema da história.

Nos primeiros minutos, nos planos feito do meio da platéia, tem-se a nítida impressão de que as pessoas estão levantando o braço na sua frente, fazendo você mexer a cabeça pra desviar, como se estivesse num show. Produzir um efeito assim no espectador não é pouca coisa.

A massa de gente pulando filmada de cima, a profundidade dos planos, o volume da luz, os closes, as novas possibilidades de se utilizar fusões, tudo isso conta a favor. Nos melhores momentos, é se como se estivesse vendo ao vivo, principalmente nos enquadramentos mais próximos ao tamanho real das pessoas e objetos, como os feitos das laterais do palco.

Cenas gravadas no Estádio do Morumbi, em São Paulo, nos dias 20 e 21 de fevereiro, mostram o público recebendo o sucesso "Beautiful day". Nessa filmagens, optou-se por usar as câmeras de tomadas mais abertas.

Imagens de profundidade

Muitas vezes, em um show "de verdade", quando se está assistindo de longe, parece mesmo que se está vendo uma tela. Nesse sentido, o efeito 3D é parecido, pois as imagens tem profundidade que emulam essa sensação. A estrada até algo menos artificial ainda é longa. Os movimentos de câmera atrapalham o efeito, closes não funcionam bem e gráficos vetoriais ainda produzem um resultado mais realista.

Atualmente, o desconforto causado pelos óculos não é maior do que o fato de que você não pode mover a cabeça e ver o que quiser. É preciso manter o olhar fixo no centro da tela e permanecer passivo, recebendo as imagens como e na ordem em que são apresentadas.

Para tornar a experiência mais ativa, seria preciso inserir o expectador [sic] num verdadeiro ambiente de três dimensões, com visão 360°, podendo ficar no meio do palco e escolher o que ver. Virar para trâs [sic] para ver o baterista, para o lado e ver o guitarrista. Isso aplicado a filmes de ficção pode revolucionar a maneira de se fazer e se atuar para o cinema.

Em vez do telespectador ser guiado, ele mesmo escolherá o que acompanhar. Voltando a música, no dia que essa tecnologia estiver suficientemente disseminada, nenhuma apresentação será exclusiva. E já se fala em shows holográfico, projetados simultaneamente em diversos lugares e tornado possivel turnês feitas em apenas um dia.

Enquanto esse dia não chega, é melhor reservar o seu ingresso para aquele show imperdível. Afinal, de qualquer maneira, não há nada como ver sua banda favorita bem de perto. De preferência, em carne e osso.

fonte: G1 [via dotGospel]

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Um comentário:

Leo Tody disse...

Tive o privilegio de poder assistir o show no IMAX e realmente, foi uma experiencia unica!! Vale MUITO a pena!
http://videoadoracao.blogspot.com/2008/02/fui-no-show-do-u2.html

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