Tus personajes son sumamente histéricos, ¿por qué?
Eu sou bastante histérico, infelizmente. E isso se reflete nos meus personagens.
Para un humorista gráfico, ¿es más tentadora una realidad vital y convulsa como la de Brasil, o es posible que un humorista finlandés sea tan ingenioso como tú?
Viver num país caótico como o Brasil obriga um desenhista a ser mais versátil. Ele faz cartuns, ilustrações, cartuns políticos, quadrinhos, quase tudo ao mesmo tempo. Há poucos “especialistas”, desenhistas que só se detêm em um campo de trabalho. Não podemos nos dar a esse luxo.
Tienes un pasado religioso...
Sim, isso foi bastante traumatizante e me atormenta até hoje. Dos 8 aos 13 anos fui um fanático Adventista do 7º Dia. Isso fodeu completamente minha infância e pré-adolescência. Eu só pensava no juízo final, nas bestas do Apocalipse e todo esse tipo de folclore merda cristão. Era uma criança muito culpada.
¿Cuál es tu infierno/ tu purgatorio/ y tu cielo particular en Río de Janeiro?
Eu diria que o inferno é a miséria reinante e o abuso policial, uma das piores polícias do mundo, uma coisa horrorosa mesmo. Já o céu são as garotas saindo da praia e a permanente disposição do carioca em tomar um chopp a qualquer hora do dia.
¿Qué situaciones te ponen histérico?
Burrice e poder descontrolado. Detesto pessoas burras e que acham muito bom serem burras, o elogio da burrice. Pessoas que gostam de dizer que nunca leram um livro. O poder também me deixa histérico, principalmente aqueles que exercem seus pequenos poderes contra nós simples cidadãos , como o filho da puta do gerente do banco, o policial da esquina, o gerente ddo supermercado...
trecho de entrevista do cartunista Allan Sieber para a revista d(x)i, de Valencia.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário