Noite, como se saboreada
por dentro. E cada mentira nossa
seria pela língua conhecida
quando recuasse, e naufragasse
no próprio veneno.
Dormiríamos, lado a lado
com tamanha fome, e desde o fruto
que guerreamos, seríamos os nomes
das coisas que nomeamos. Como se um crime,
por nós sonhado, pudesse no frio medrar,
e despenhar estas negras, crepitantes árvores
que sorvem a história das estrelas.
Paul Auster, em Poemas escolhidos.
tradução: Rui Lage
10.5.08
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