É possível medir a inteligência de um executivo? Segundo o psicólogo americano Justin Menkes, a resposta é sim. Ele afirma que a capacidade de um profissional pode ser determinada por meio de simulações de suas respostas a situações comuns no mundo corporativo. Sua ferramenta leva em consideração três habilidades essenciais para o desempenho do gestor: realizar tarefas, trabalhar com pessoas e se autoavaliar. Justin usa como base de seu método o teste de QI.
É isso mesmo: estamos falando da velha avaliação escolar, aquela que já foi severamente criticada por classificar e rotular pessoas de acordo com seu resultado. Em seu livro Inteligência Executiva A Essência de Todos os Grandes Líderes (Editora Rocco), Justin argumenta que, como o teste de QI caiu em descrédito, as avaliações de emprego passaram a explorar apenas o aspecto comportamental. Trata-se, diz ele, de um equívoco: ao fazer essa opção, as empresas dão prioridade para profissionais que são bons de instinto, mas que não são necessariamente os mais inteligentes.
Do teste de QI, o psicólogo usa o formato de perguntas objetivas, em que o candidato se depara com situações inéditas para ele. Isso o obriga a usar o raciocínio para responder, e não a memória. A inteligência executiva representa a habilidade que um profissional precisa ter para entender a natureza de um problema e a melhor maneira de resolvê-lo, diz Justin. DuPont e Unilever são duas das companhias que já contrataram os serviços de Justin. Há oito meses, ele vendeu seu método para a empresa americana de recrutamento Spencer Stuart.
Abaixo, você vai ver o teste publicado no livro e as perguntas que o psicólogo usa para avaliar a inteligência de executivos. Cada questão tem duas possíveis respostas. Evidentemente, o mundo corporativo é bem mais complexo que um teste de múltipla escolha. Mas, para ter acesso às outras perguntas, é preciso contratar a consultoria de Justin.
PERGUNTAS
1 - O preço dos produtos de sua empresa está muito acima do dos concorrentes. É preciso reduzir custos. Um subordinado defende que é preciso terceirizar uma das etapas da produção. O que você diz a ele?
A: Podemos arcar com os valores que os prestadores de serviço pedem antecipadamente? A terceirização é uma opção, mas pode ser perda de tempo se não tivermos capital para arcar com ela. E se essa despesa tirar recursos de gastos importantes, como publicidade e vendas?
B: Por que você chegou à conclusão de que terceirizar é a melhor maneira de reduzir custos? A nossa necessidade é reduzir custos gerais, e não somente de produção. Além disso, o gasto com prestadores também é elevado e dependeríamos muito da competência deles nessa atividade.
2- A subordinada de um supervisor que responde a você pede uma reunião contigo para reclamar do chefe. O que você faz?
A: Fala com ela, apesar do desrespeito à hierarquia, para entender o que está ocorrendo. Se não for algo que ponha em risco o negócio, pede a ela que leve o problema ao chefe e mantém sigilo sobre a reunião.
B: Entra em contato com o supervisor para comunicá-lo, perguntar o que houve e checar se sua intervenção é necessária. É ele quem deve lidar com problemas da própria equipe.
3- Numa reunião, você propõe uma mudança no relatório de satisfação dos clientes para entender melhor a necessidade deles. Um colega com quem você não se dá muito bem diz que a maioria nem responde à pesquisa. O que você diz?
A: Você afirma isso com base em que informações? A sua crítica é um mero palpite, não tira a validade da idéia e, no lugar de contribuir, prejudica a solução do problema.
B: Não tenho esses dados, mas pode ser que a média das respostas da pesquisa seja pequena para servir de base. Podemos fazer um levantamento e convencer os clientes a responder, pois é a maneira mais barata de obter as informações.
Clique aqui p/ conferir as respostas e os comentários.
fonte: Você S/A
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