11.6.08

Sorte grande

Poucas bandas brasileiras sabem cultivar a aura de mistério ao seu redor como o Los Hermanos. No dia 23 de abril de 2007, depois de lançar quatro álbuns que refletem uma trajetória fora dos padrões na música pop nacional, o grupo anunciou em seu site oficial que entraria em recesso por tempo indeterminado. Nenhuma nota foi emitida à imprensa – apenas a notícia de que o quarteto faria suas últimas apresentações nos dias 7, 8 e 9 de junho na Fundição Progresso, casa de shows na capital carioca com capacidade para cerca de 5 mil pessoas por noite.

O comunicado – direcionado unicamente aos fãs, segundo a banda deixou bem claro na época - dava conta da “necessidade dos integrantes de se dedicarem a outras atividades”. Nenhuma entrevista foi concedida antes ou depois da “miniturnê de despedida”, nem mesmo os fotógrafos tiveram acesso ao fosso destinado a esses profissionais no local dos shows. Procurada pela imprensa, a banda se limitava a dizer que estava tudo bem.

Hoje, um ano depois da data em que o tal recesso passou a vigorar, Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Bruno Medina e Rodrigo Barba estão envolvidos em projetos diferentes, mas dão pistas de que o Los Hermanos pode voltar a se reunir um dia. Só falta responder a uma questão básica: quando?

“Agora o Marcelo vai lançar disco solo, então vamos esperar mais um tempinho”, diz Amarante. “A gente vai voltar alguma hora, com certeza, só não sei quando”, fala o cantor, compositor e guitarrista, que partiu para a divulgação do primeiro álbum da Orquestra Imperial, “Carnaval só ano que vem”, assim que o grupo se dissolveu.

O músico gravou ainda uma faixa em português, “Rosa”, para o mais recente disco do americano membro da cena apelidada de “freak-folk” Devendra Banhart, “Smokey rolls down thunder canyon”. Na mesma época, compôs uma música para o álbum mais recente da banda portuguesa Os Azeitonas, lançado no fim do ano passado.

“Continuo compondo, sempre. A banda está parada, mas não estou morto, né? Vivo para isso”, diz o ruivo, adiantando que não vai lançar nada em 2008. “Mas tem coisa vindo por aí. Não posso falar para não estragar a surpresa”, despista. “Por enquanto, estou apenas com a Orquestra Imperial, mas podem surgir outras coisas. Eu nunca componho com compromisso. Componho para Deus, que me deu a sorte grande nesta vida.”

Se Amarante aproveitou para reforçar os laços com a música alternativa americana, Marcelo Camelo iniciou sua carreira fora do Los Hermanos de maneira controversa. O músico tido como gênio da MPB e queridinho da nova geração de cantoras participou do “Acústico MTV” de Sandy & Junior, lançado no segundo semestre do ano passado, cantando na faixa “As quatro estações”.

fonte: G1
colaboração: Filipe Albuquerque

Que tal chamar o Rodrigo Amarante p/ "ministrar" num workshop p/ compositores cristãos? Ok, viajei muito. É + fácil passar o Marcelo Camelo no fundo de uma agulha... =]

4 comentários:

Anônimo disse...

As letras da "banda" são boas, mas o Camelo cantando é uma deprê maldita. Dá vontade de morrer, mas ao mesmo tempo, ele nos ajuda a nem ter vontade de morrer, de tão depressivo...

Veja o que ele fez com a música linda da Sandy... achei que estava, por um breve período, num velório.

Abraços.

Pavarini disse...

"Veja o que ele fez com a música linda da Sandy..."

Na boa, não pretendo ver nenhum vídeo da Sandy cantando. Incluindo números "jazzísticos" e c/ o Marcelo Camelo.

Só abro uma exceção: vê-la na Playboy. =] Cantando, tô fora.

Ricardo [DIVERSITÀ] disse...

Eu postei isso lá no DIVERSITÀ ontem. Quase que eu postava só a frase do Amarante, mas como sou fanzeco, postei logo tudo. Eu topava que ele desse um workshop de composição. Topava muuuito! =]

Anônimo disse...

Los Hermanos é foda! Poder ter ido num show desses caras foi demais! Vou contar pros meus netinhos, pq o show foi demais!

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