No meio jurídico a tendência de reformulações nas escolas filosóficas é de tamanho poder que a percepção é quase imediata nas terras tupiniquins, ainda que quase por inércia a doutrina nacional negue, já de antemão, novas tendências interpretativas, como ocorre às teorias relativistas do argentino Zaffaroni e do alemão Roxin.
Essa mesma tendência de concepção tem adentrado no rol teológico de pensamento, vinculando a sistemática teológica ao subjetivismo tão odiado pelos mais santos. É visível tal luta institucional nos grandes centros acadêmicos, por exemplo. Por isso a necessidade de tantos preletores universitários para a reafirmação da ortodoxia calcificada e a demonização das vias menos previsíveis de pensamento.
São necessárias as sublimes elencações de nomes propagadores da moderna-heresia, não obstante o argumento de que a necessidade teológica resume-se no racionalismo, cujo conceito fundamental anula o relativismo como prerrogativa de pensamento - dizem.
Faria sentido, se o incômodo não fosse tão acentuadamente evidenciado.
Combatem, por meio do argumento sistemático da razão, a visão periférica bíblica e totalmente intrínseca ao intérprete; da mesma forma o utilitarismo de um livro de muitos livros, e a visão romântica de Deus como precursor de experiências totalmente unilaterais, e portanto sem qualquer relação coletiva.
Carregam o fardo da convicção e a constante tendência de serem eles, teólogos aptos ao racional, os escolhidos pela Mão Divina ao apontamento dos servos de Baal e moradores da profana Babilônia. É uma tentativa covarde, porém plausível. A tendência natural de escolher os argumentos retoricamente respaldados na razão favorece, ainda que minimamente, qualquer pensador.
É como afirmar maturidade, conhecimento e sabedoria, independentemente de todas as circunstâncias que neguem tais características.
Filipe Liepkan Maranhão, no blog A ignorância é uma escolha.
8.6.08
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