1.7.08

Metafísica cartesiana


Descartes e a morte de Deus


Tese de Doutorado em Filosofia, defendida por Joceval Andrade Bitencourt na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP

O presente trabalho buscou mostrar as possibilidades e os limites da metafísica cartesiana, tendo como alvo principal, mas não único, investigar se é possível creditar à filosofia de Descartes a postura através da qual se inaugura na cultura ocidental a "morte de Deus". O resultado final, seja da ciência, seja da metafísica cartesiana, é a afirmação do homem como centro em torno do qual deve gravitar todo conhecimento, que tem na autonomia da razão natural sua causa originária. O cogito ao afirmar, através dos fundamentos do método inspirado nas leis da matemática, a primeira verdade, subordina todas as outras, quer sobre Deus, quer sobre o mundo, a essa primeira verdade. Descartes excluiu Deus de sua ciência; essa se processa à revelia de qualquer instância exterior à ordem da razão natural. Se há um Deus na metafísica cartesiana, não é possível identificá-lo com o Deus cristão: mistério transcendente, que se revela e se dá a conhecer ao homem que o acolhe na fé. O Deus da metafísica cartesiana é tão somente um princípio lógico, um fundamento racional, requerido pelas normas do método, ao qual encontra-se subordinado. Assim, o Deus que Descartes apresenta ao mundo, através de sua metafísica, já não é o Deus da religião; é, segundo a expressão de Pascal, o Deus dos sábios e dos filósofos.


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