Acordo na varanda de uma cabana.
Nas ilhas Fiji o mar é mais azul do que o céu e faz curioso contraste com o sol.
Caminho um pouco pelo Central Park e logo depois tomarei café na Champs Elise.
Apresso-me ainda pra não perder o sol da manhã e vejo as ondas no Havaí belas como nunca.
E já fugindo do sol, uma rápida passagem pra pegar a brisa nas ruínas gregas.
É hora de almoçar. Na dúvida, comida japonesa em volta do monte Fuji e me acanho num canto no topo do Kilimanjaro para aquela providencial soneca.
Acordo para umas compras em Milão.
Um pulo no Louvre pra me inspirar e outro em Veneza pra me apaixonar.
Na Escócia, paro por um gole de uísque e em São Petesburgo para uma dose de vodca.
Relaxo em passos lentos pela Muralha da China até chegar na Cordilheira dos Andes, sem me esquecer de passar por Compostela.
Fim da tarde e é hora de esquiar. Desço em ritmo acelerado pelas montanhas de Aspen e encontro o chão em Genebra.
Preciso me correr. Ver o pôr-do-sol das pirâmides do Egito é um dos meus programas favoritos.
Os violeiros mexicanos embalam o meu jantar regado de alegria.
Já vejo a lua e chuva. É hora de beber com os amigos na Abbey Road.
Quando a noite esquenta, corremos para Barcelona para não perder nada da festa.
Cansado, difícil dormir às cinco da manhã com essas luzes de Las Vegas.
Ainda tenho dúvidas se fiz a escolha certa.
Pensar que uma volta de mãos dadas com ela e um beijo antes de domir me fariam mais feliz que essa vida que levo.
Pode parecer loucura.
Vai saber.
Dario Caregaro, no blog Fenacistoscópio.
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