19.9.08

Coar mosquito e (não) engolir Camelo

MARCELO CAMELO e Rodrigo Amarante lançam discos quase simultaneamente, e é tentador comparar um com o outro, os dois principais compositores do Los Hermanos.

"Nós", disco de Camelo, beira o insuportável. O que o Los Hermanos tinha de pior -a inútil idealização de uma época que não volta mais; a melancolia auto-indulgente; letras tão idílicas que fariam João Gilberto passar por contestador; arranjos que vão na direção do samba-canção e da tradição MPBística, mas que tateiam sem chegar a lugar nenhum.

Já Amarante aparece com o Little Joy, projeto em que é acompanhado por Fabrizio Moretti, o baterista dos Strokes. O disco da banda sai em 4 de novembro, mas eles colocaram no www.myspace.com/littlejoy music três faixas que estarão no álbum.

O clima aqui é de total descontração, com músicas que caminham soltas e com naturalidade pelo reggae, pelo pop californiano dos anos 1960, com algumas paradas para retoques psicodélicos.

"With Strangers" nos transporta para um fim de tarde em uma praia havaiana; "No One's Better Sake" é um neo-reggae lisérgico; e "Brand New Start" é como uma mistura de... Strokes com Los Hermanos. Muito boa.

Thiago Ney, na Folha de S.Paulo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Que crítica tosca ao disco do Camelo.

Matheus Pirôpo disse...

Gostei da crítica. Não achei o disco "SOU" lá essas coisas não, sempre acreditei mais no amarante como compositor.

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