5.9.08

Geração sem religião

E aí veio um tal GUTENBERG, inventou uma maquininha de imprimir, as pessoas começaram a colocar no papel e distribuir suas dúvidas, inquietações, medos, constrangimentos, e a ICAR – Igreja Católica Apostólica Romana se desfez, ou, se preferirem, implodiu. E nasceram todas as novas religiões.

Agora estamos diante de um NOVO RENASCIMENTO. E, de novo, uma ferramenta de COMUNICAÇÃO – internet – já anuncia a contagem regressiva para todas as religiões, indistintamente.

Diferente da maquininha do GUTENBERG, rua de uma única mão, a COMUNICAÇÃO que acontece na internet tem infinitas mãos, cruzamentos, esquinas e transversais. E não se limita a COMUNICAR. Agrega, aproxima, disponibiliza, organiza, orienta. Não a orientação comprometida, interessada, patrocinada. A orientação entre iguais, peer-to-peer, verdadeira, crível.

Um bom exemplo encontra-se no número 2016 de ISTOÉ. Dados e comentários sobre um estudo realizado pelo teólogo JORGE CLÁUDIO RIBEIRO da PUC SP. Foi ouvir o miolo da chamada GERAÇÃO NET: 520 universitários entre 17 a 25 anos.

No último Censo do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2000), apenas 7,3% da população brasileira declarava-se SEM RELIGIÃO. 2008, internet depois, 32% dos jovens da GERAÇÃO NET declaram-se SEM RELIGIÃO.

E nessa mesma matéria, a antropóloga REGINA NOVAES foi definitiva: “O ESPÍRITO BUSCADOR DO JOVEM NÃO PROCURA UMA INSTITUIÇÃO RELIGIOSA QUE O ENQUADRE, MAS UMA DOUTRINA ONDE SE ENCONTRE”. Exatamente igual se comporta diante de todas as outras decisões que toma. Não quer ser incomodado, interrompido, invadido, bombardeado. Quer apenas exercer, no tempo certo, e se quiser, o sagrado direito de escolha que só a ele pertence.

Para os jovens da GERAÇÃO NET, mais importante que a compra em si, é o processo, a procura, a experiência.

fonte: MadiaMundoMarketing
colaboração: James Prado

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