Restitui! Eu quero de volta o que é meu

A família não desconfiava da faxineira que era tesoureira de uma Igreja Evangélica. Em maio, sumiram R$ 150,00 , mas não desconfiaram da empregada. Em junho, mais de R$ 400,00 desapareceram da casa.

Em agosto, a patroa de Elizangela viajou para o Rio de Janeiro e deu falta do cartão de banco. Chegando lá, foi surpreendida ao tentar fazer um saque da conta-salário: a conta estava quase zerada. Ela tinha saldo de R$ 7.126,00 e, no dia, só havia R$ 6,00. Foram feitos nove saques na conta da vítima: seis de R$ 1 mil, dois de R$ 500,00 e um de R$ 120,00 de 14 a 25 de agosto.

Câmeras de segurança

A vítima registrou ocorrência e em todos os lugares em que os saques foram feitos, não havia imagens que ajudassem a identificar o responsável pelo crime. A faxineira (foto) foi identificada depois que as câmeras de rua do município da Serra foram analisadas pelos policiais da Delegacia Patrimonial de Vitória. Foi analisada uma imagem em que aparecia uma pessoa com as mesmas características físicas de Elizangela. A patroa reconheceu a faxineira em uma imagem quando se dirigia para sacar dinheiro em uma loja de conveniência de um posto de combustível.

A faxineira Elizangela Couto foi presa na casa da patroa com o cartão - que tinha a senha anotada no verso. A polícia recuperou as roupas, bonecas, bolsas e brinquedos comprados com o dinheiro da vítima para que sejam doados à uma creche, a pedido da dona da conta. A faxineira gastou o dinheiro em menos de 20 dias.

O titular da Delegacia Patrimonial, Danilo Bahiense, afirma que é preciso ter cuidado ao contratar pessoas desconhecidas para esse tipo de trabalho "É muito arriscado porque essas pessoas você não conhece, não sabe se elas estão passando por problemas financeiros, não sabe se elas têm algum problema de desvio de comportamento e foi o que aconteceu, essa senhora trabalhava e recebia um salário razoável, no entanto, deu um prejuízo muito grande a essa senhora que estava juntando o dinheiro pra comprar a casa própria", disse.

A faxineira foi levada para o presídio feminino de Tucum e pode pegar de dois à oito anos de pena por furto qualificado.

fonte: Gazeta Online [via O Verbo]