20.10.08

Odiar segundas-feiras pode ser sinal de problemas

Segunda-feira: alguns detestam, outros odeiam. Mas poucos sabem que o dia mais impopular da semana é também o mais prejudicial à saúde. Aquela inexplicável sensação de preguiça e indisposição que afeta boa parte dos mortais e os obriga a permanecer por mais tempo na cama pode causar problemas físicos e psicológicos, como estresse, sudorese, ansiedade e taquicardia.

Na maioria dos casos, a síndrome da segunda-feira já começa no dia anterior. Não são poucas as pessoas que sentem um calafrio percorrer a espinha ao ouvir o tema de abertura de tradicionais programas de televisão. Imediatamente, elas lembram que terão pela frente mais uma semana de trabalho e já começam a sofrer, por antecedência, os efeitos da síndrome da segunda-feira.

"Por mais prazeroso que seja o trabalho, não há quem não sofra por ter que pegar no batente na segunda-feira. Acordar na segunda para trabalhar é como interromper um sonho bom. Ninguém gosta, não é verdade? E o mais interessante é que, quanto melhor o final de semana, mais difícil torna-se voltar à realidade na segunda-feira", afirma a psicóloga Márcia Fraga, do Hospital Memorial.

Uma pesquisa do portal Monster, especializado em recrutamento e seleção on-line, mostrou que trabalhadores do mundo inteiro sofrem com a síndrome. Prova disso é a insônia que inferniza as noites de domingo de quem precisa acordar cedo no dia seguinte para trabalhar. Segundo o estudo, 51% dos americanos custam a pegar no sono de domingo para segunda-feira. Entre os britânicos, o percentual chega a 53%.

"A síndrome da segunda-feira não chega a ser uma patologia, mas é um sintoma de que algo não vai bem na vida daquela pessoa. Por isso mesmo, o mais importante a fazer é tentar identificar as suas causas. Em muitos casos, essa síndrome não está relacionada apenas à vida profissional. Pode ser motivada também pelos estudos e até mesmo pelo casamento", alerta o psiquiatra Leonardo Gama Filho.

Se dependesse da designer Mariana Accardo, 27, o final de semana teria três e não apenas dois dias. "Por mais que eu descanse sábado e domingo, estou sempre cansada. Às vezes, até mais na segunda do que na sexta", jura Mariana, que chegou a sentir dores de cabeça e de estômago na segunda pela manhã.

O executivo Daniel Fleming, 42 anos, não fica atrás. Na tentativa de protelar ao máximo o final do domingo, emendava um filme no outro e demorava a ir para a cama. "No domingo à tarde, eu já ficava deprimido. Para mim, trabalhar na segunda-feira era um sacrifício enorme", admite.

fonte: Terra

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