Crise econômica deve limitar concretização das promessas do democrata, que já tirou programa original do site da transição
Três dias depois da eleição, em sua primeira entrevista coletiva, Obama já falava em resgatar a indústria automotiva, que muitos dizem estar em situação pré-falimentar, assunto que nem sequer constava de seu programa. Anteontem, seus assessores já diziam que o presidente eleito deve indicar um "czar das montadoras", um cargo a ser criado.
Nenhum político cumpre todas as promessas de campanha, mas estas servem para nortear a ação do eleito em seus primeiros dias no cargo. Um dos sinais de que talvez nem isso seja possível a Obama quando chegar o dia da posse, em 20 de janeiro, é uma mudança pouco anunciada que aconteceu no site oficial da transição presidencial, o www.change.gov .
Assim que entrou no ar, quatro dias depois da eleição, trazia um link para todas as propostas de Obama para as principais áreas, milhares de páginas detalhadas que iam de "Pondo fim à Guerra do Iraque" a "Saúde pública para todos, de "Lidando com Irã" a "Nova parceria para as Américas".
Há quatro dias, os links e as páginas sumiram. No lugar, entrou um texto vago de cem palavras, que diz que "a prioridade é um plano para reviver nossa economia (...), entre muitos outros objetivos domésticos e externos" . Indagado sobre a mudança, Nick Shapiro, um dos porta-vozes da transição, disse apenas que "o site está sendo reformado".
Fonte: Folha de S. Paulo
18.11.08
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