12.11.08

Erguei as mãos e passai o dinheiro

Nem o abençoado dinheiro dos dízimos e das ofertas dos fiéis escapou de bandidos, que no início da tarde de ontem assaltaram um funcionário da Igreja da Penha, na Zona Norte. O malote com R$ 7.795,72, em dinheiro e cheques, ia ser depositado em um banco, mas bandidos atacaram o secretário da igreja, Jorge Pinto, 53 anos, na saída do portão do santuário.

Jorge disse que tinha acabado de tirar o carro da igreja e que se preparava para ir embora quando um Verona azul, de placa não anotada, com três homens, fechou o caminho. Armados com pistolas, dois bandidos saltaram do veículo e anunciaram o assalto, exigindo o malote, por volta das 13h. Depois do crime, eles fugiram em direção à Vila Cruzeiro.

O dinheiro havia sido arrecadado nas missas de domingo. Segundo um policial, os bandidos sabiam que o malote que o funcionário levava continha dinheiro. “Eles foram direto no malote, o que indica que sabiam o que tinha nele”, explicou.

Apesar da proximidade com o Complexo da Penha, que reúne algumas das favelas mais perigosas e bem armadas do Rio, a violência nunca antes havia ultrapassado os portões da Igreja da Penha.

Um dos santuários do Rio mais visitados por católicos de todo País, que muitas vezes pagam promessas subindo de joelhos os 365 degraus da escadaria, a Igreja da Penha vem perdendo fiéis por causa da violência. “Nasci no bairro e minha família sempre freqüentou a igreja, mas o crescimento da violência está vencendo a fé e muita gente prefere mudar de igreja do que se arriscar a perder a vida”, disse um policial do 16º BPM (Olaria), sem se identificar.

Em dezembro, a aposentada Augusta Pereira da Silva, 82 anos, foi atropelada próximo ao portão do santuário por dois bandidos de moto que eram perseguidos pela PM. O caso aconteceu na Rua Monsenhor Alves da Rocha, próxima ao acesso à Igreja. Os bandidos, que eram irmãos, foram presos.

O assalto está sendo investigado por policiais da 22ª DP (Penha), que já têm a certeza de que os ladrões são da Vila Cruzeiro. Eles mostraram fotografias de bandidos da região ao funcionário da igreja, mas não houve reconhecimento. O pároco, padre Serafim, não foi encontrado.

fonte: O Dia Online

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