
Os artistas prevaleceram sobre os estudantes numa sessão realizada nesta terça (25) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado. Foi a voto um projeto que limita a venda de ingressos pela metade do preço a 40% do total de assentos oferecidos ao público em salas de cinema e de espetáculo. Uma comitiva de estudantes deblaterava contra a proposta. Um grupo de atores defendia enfaticamente a aprovação.
As atrizes Christiane Torloni e Gabriela Duarte protagonizaram um gesto extremo: ajoelharam-se ao lado de Pedro Simon (PMDB-RS). Decano do Senado, Simon realçou o inusitado da cena: "Em 80 anos, nunca vi isso na minha vida: artistas e estudantes em lados opostos. Não sei o que fazer". Levada à sorte do voto, a cota de 40% para a meia-estrada foi aprovada por 14 votos contra sete. Vale para cinema, teatro, circo, museus, parques e eventos educativos e esportivos.
A votação ocorreu em caráter terminativo. Significa dizer que, a menos que algum senador apresente recurso, o projeto vai direto para a Câmara. Alinhado com os estudantes, o senador Ignácio Arruda (PCdoB-CE) apressou-se em informar que vai protocolar um recurso. Arruda deseja submeter o projeto à deliberação do plenário do Senado. A despeito disso, os artistas festejaram a decisão da comissão.
Alheios ao debate, servidores do Legislativo e curiosos serviram-se da presença dos artistas para tietar. O mais assediado foi Wagner Moura, o Capitão Nascimento de Tropa de Elite.























4 comentários:
Mas que putaria foi essa? Aff, estudante já é quebrado... o acesso à cultura foi-se!
Mas é assim que funciona: se não conseguem fiscalizar, criam outras leis para acabar de vez com o direito dos mortais.
É muito fácil obrigar descontos por lei, no quer que seja. Quem paga a outra metade é quem está pagando a inteira. Ou seja, na minha opinião deveria acabar essa história de meia entrada, e assim baixar o preço da inteira!
O teatro e outros tipos de espetáculos deveriam ser popularizados e não ainda mais restritos. Não deveria haver limite para meia-entrada, pois assim os estudantes se sentiriam motivados a prestigiar. Com isso, quem perde, mais uma vez, são os estudantes que muitas vezes tem que economizar para adquirir os livros caríssimos do curso e não tem direito ao entretenimento. Se baixassem o nível de impostos, com certeza os preços de todos os espetáculos baixariam e muito, tanto para estudantes como para quem paga entrada inteira.
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