Aliança Evangélica e travestis de Campo Grande dividem espaço hoje no plenário da Câmara Municipal, em lados opostos em relação ao projeto que concede título de utilidade pública para a ATMS (Associação das Travestis de Mato Grosso do Sul).
A entidade levou para a sessão uma faixa enorme, com fotos de profissionais do sexo assassinados na Capital, uma estratégia para mostrar o quanto uma associação com a ATMS é necessária para coibir crimes contra homossexuais. Hoje, a Associação tem 160 integrantes na Capital e cerca de 500 no Estado, garante.
“Desde que a Associação foi criada, a violência diminuiu. Mas ainda precisamos do título para ficar mais fácil conseguir verbas públicas e investir em ações para a classe”, argumenta a travesti que se identificou apenas como Raquel.
Já os evangélicos foram uniformizados, com camisetas com o número do projeto 6353/2007, de autoria de Athayde Nery (PPS), e o símbolo de proibido. “Estamos aqui porque essa proposta não atende ao bem público, por isso somos contra”, justifica o pastor da 1ª Igreja Batista, Ronaldo Leite.
Questionado sobre quantas sessões neste ano acompanhou na Câmara sobre concessão desse tipo de título, o pastor admitiu que nenhuma e acabou assumindo que o motivo real da manifestação é a posição contrária ao homossexualismo. “Nós defendemos a Bíblia e ela condena o homossexualismo. Um título como esse acaba divulgando esse tipo de comportamento”, alega.
Em 2006 a proposta foi rejeitada pela primeira vez. Os votos contrários à concessão partiram principalmente de vereadores apoiados por igrejas radicalmente contra as manifestações de homossexuais.
Briga - Prática corriqueira no parlamento, a concessão de título de utilidade é um passo necessário para que as entidades possam pleitear verbas públicas.
O projeto chegou a receber parecer contrário da procuradoria jurídica da Câmara, que considerou a proposta uma “anomalia jurídica” por supostamente não tratar de uma entidade de caráter assistencial.
Mas Athayde argumentou que a associação é responsável por cursos, convênios e campanhas de prevenção à Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis.
A sessão desta terça-feira na Câmara Municipal foi suspensa por volta das 12h30 diante de ânimos exaltados de evangélicos e travestis que acompanhavam discussão sobre pedido de concessão do título de Utilidade Público à ATMS (Associação das Travestis de Mato Grosso do Sul).
O “quebra-pau” começou quando o vereador Pastor Sérgio (PMDB) pediu vistas ao projeto, de autoria de Athayde Nery (PPS), alegando que, como presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, precisaria de mais tempo para verificar quais impactos tal proposta significaria à receita do Município. Na avaliação dele, como a associação ganharia facilidades de pleitear dinheiro público, a aprovação poderia gerar custos extras.
A estratégia para evitar a votação hoje levantou os travestis que estavam no plenário e levou o autor da proposta a ocupar a tribuna. “Isso é um absurdo, não tem impacto nenhum”, contestou Athayde.
O clima ficou ainda mais tenso quando o vereador inflamou o discurso, chamando os evangélicos de preconceituosos. Apontando o dedo para alguns representantes da Igreja Batista, sentados no plenário, Athayde atacou. “Esse tipo de manifestação dos evangélicos não é coisa de Deus é coisa do capeta. Evangélico não pode ser sinônimo de preconceito.”
Os batistas, que até então aplaudiam a manobra para adiamento da votação, ficaram revoltados. A vereadora Thaís Helena (PT), representante católica na Câmara, recorreu então ao microfone para pedir a retirada de palavras “ofensivas” dos registros da sessão.
As travestis também reagiram, chamando a vereadora de “homofóbica”. O presidente da Casa, Edil Albuquerque (PMDB), tentou acalmar os ânimos, pediu silêncio, mas antes mesmo do pedido de vistas ser votado, com nova gritaria no plenário, resolveu suspender a sessão, por conta do clima tenso.
A decisão provocou a “ira” dos travestis e simpatizantes da causa que levantaram o som do protesto, mas aos poucos foram esvaziando o prédio da Câmara, assim como os evangélicos.
fonte: Campo Grande News [via Gospel +]
não me lembro de manifestações qdo rolam homenagens, rapapés e títulos a pastores, prática comuníssima em todo o país.
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4 comentários:
Os evangélicos devem deixar os homossexuais em paz.
Eles não querem um evangelho que trata homossexualidade como pecado e têm todo o direito de não querer. E também não temos outro evangelho para fornecer. Deus fez a todos livres para fazerem suas escolhas.
Eles nem precisam reinterpretar a Bíblia e nem arrumar versões que apóiem seu pensamento.
O cristianismo não deve e nem pode ser imposto. Nem por força nem por violência e nem mesmo por persuasão. Tentar convencê-los, contra a sua vontade, seria sim intolerância religiosa. A palavra deve simplesmente ser anunciada; quem aceitar aceitou quem rejeitar rejeitou. Não devemos tentar convencer ninguém, isto é trabalho de Deus.
O livro de Romanos, no capítulo 1, diz, por três vezes, que Deus os entregou às suas próprias inclinações; quem são os evangélicos para fazerem o contrário.
Cada um dará conta de sua vida a Deus.
Pr Julio Soder (cansado desta novela)
Concordo com o Pr. Júlio, cada um tem o direito de escolha.É por isso que muitos rejeitam o evangelho, por causa do preconceito, e de muitas outras prática dos evangélicos.
Como nós, evangélicos, somos homofóbicos! Continuamos pregando a mensagem do anti. Antes, éramos anti-católicos. Hoje, somos anti-gays. E não os permitimos alcançar a graça de Cristo, como se estivessemos, assim como fariseus e escribas dos dias de Jesus, selecionando que alguns tipos de pessoas não podem ser salvos e não serão recebidos em nossas igrejas.
Preconceito é uma palavra que cabe bem aos evangélicos de hoje. E enquanto isso, alimentamos a homofobia da sociedade, homofobia que mata cada ano dezenas de pessoas com orientação sexual diferente da convencional.
cara, acho q as pessoas misturam as coisas... e fazem julgamentos injustos, infelizmente, hj tem muita gente revoltada com a igreja, entendo o motivo, mas nao se pode viver assim. perdoa e ora. eu orei pelos hernandez e ai eles foram pra cadeia e foi bom, eu acho. agora, alimentar esses descontentamento eh um porre. a igreja desde anooooooooos, tem mil erros, vcs sabem, neh? eu acho q o melhor é oracao, pois soh a oracao purifica ou vc sai de um lugar q acha q esta errado. mas o ruim eh manter no coracao a revolta. 1. as pessoas rejeitam o evangelho - Jesus Cristo - pq elas nao o conhecem,ou pq estao no clima de amar o mundo, pq o pecado dá prazer. 2. a igreja nao eh homofobica, alias, essa palavra dah a entender q as pessoas tem nojo de gay, isso eh mentira. eu acho q a maioria dos cristaos tem amigos gays e nao tem problema com isso, embora, se falar da pratica, a maioria vai falar q esse nao era o plano de Deus para a humanidade, afinal, multiplicai-vos.... nao dah pra nivelar a igreja por baixo, o q acontece hj é q as pessoas pegam os piores exemplos e martelam nessas porcarias, em vez de verem coisas interessantes q estao acontecendo. hj em dia se eu escuto coisas estranhas eu oro pela pessoa, pq eh triste ver um cristao enganado. ai tem dois esquemas: os q estao enganados pela ignorancia e isso eh facil de resolver, ou os que estao enganados pq amam o pecado. vc acha mesmo q NINGUEM alertou os hernandez sobre doutrinas anti-biblica? vc acha mesmo? tenho certeza q milhares de pessoas advertiram, mas quem ouviu? assim, como eh na nossa vida tmb. q Deus abra nossos ouvidos e coracoes!!!!! pra q nenhuma revolta faca a gente ficar surdo. o melhor de td eh q Deus continua sendo Deus apesar de qq deformidade, isso é a maior consolação.
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