26.1.09

Como manter seu emprego durante a crise

Até o fim de 2008, ainda havia esperanças de que a crise econômica mundial fosse pegar o Brasil apenas de raspão. Mesmo quando a crise saiu do âmbito puramente financeiro (a queda das ações nas Bolsas de Valores) e viram-se os sinais de forte desaquecimento nas exportações, na atividade industrial, na venda de imóveis e no varejo, ainda havia fôlego para tratá-la como uma “marolinha”.

Não mais. Na semana passada, o Ministério do Trabalho divulgou que o país perdeu 654.946 empregos de carteira assinada – o pior resultado mensal de toda a história do Brasil, tanto em números absolutos como em termos relativos (a porcentagem de trabalhadores demitidos em relação aos empregados). O desemprego foi mais sentido nos setores da agricultura, indústria alimentícia e construção civil.

Na quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desemprego recuou para 6,8%, a menor taxa mensal desde 2002. Mas a metodologia do IBGE é indireta: ela leva em conta a contratação de temporários (o número deles costuma ser alto perto do Natal) e não consegue captar o desemprego daqueles que já desistiram de procurar (e em dezembro menos pessoas batem à porta das empresas para procurar emprego). Analistas preveem que os números do IBGE relativos a janeiro já indicarão uma acentuada piora.

O governo deu sinais de que está muito preocupado com o salto do desemprego. Coincidência ou não, o Banco Central anunciou na quarta-feira um corte de 1 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic, levando-a para 12,75% – uma forma de estimular a economia. No dia seguinte, foi anunciado que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) receberá uma injeção de mais R$ 100 bilhões para financiar investimentos em petróleo e gás, energia elétrica e infraestrutura. E o ministro da Fazenda, Guido Mantega, quer vincular financiamentos oficiais a garantias das empresas de que não vão demitir. Isso já vale nas negociações para a concessão de alívios fiscais para as empresas.

São medidas que estão na contramão da dinâmica natural dos mercados, e portanto têm chances limitadas de surtir efeitos relevantes. Tudo leva a crer que as demissões vão continuar, por algum tempo, aqui e no exterior. Só na semana passada, a Sadia anunciou o corte de 350 profissionais de gerência para cima. Nos Estados Unidos, a Microsoft anunciou a demissão de 5 mil empregados nos próximos 18 meses, em todo o mundo (o Brasil, aparentemente, será poupado). A Vale propôs a seus funcionários licença remunerada com pagamento de metade do salário. Aqueles que aceitarem terão seus empregos garantidos até 31 de maio.

Nesse ambiente, é natural que as pessoas fiquem apreensivas. Por isso, com a ajuda de empresários e especialistas em recursos humanos, preparamos este manual com 16 atitudes que podem ajudar você a garantir seu emprego.

1 - Não se desespere
2 - Não esqueça seus maiores aliados
3 - Cuide de suas finanças
4 - Saia da zona de conforto
5 - Esteja preparado para mais sacrifícios
6 - Reavalie seu sucesso
7 - Pense como a empresa
8 - É hora de planejar
9 - É hora de voltar às aulas
10 - Estique as antenas
11 - Entre no time das soluções
12 - Aceite o risco
13 - Circule mais, apareça
14 - Cuidado com a politicagem
15 - Fique atento às oportunidades
16 - E se tudo der errado?

fonte: Época

Um comentário:

Roger disse...

1 - Não se desespere
...
16 - E se tudo der errado?
17 - Esqueça o item no. 1

Brincadeirinha...

17 - Tenha muita esperança em Deus ('ainda' funciona)

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