José Hernandes (2º da dir. para a esq.), da Renascer, vê fiscal multar igreja pelo uso de telhas de amianto.
Engenheiros do Contru (órgão da prefeitura responsável pela fiscalização da segurança dos imóveis) encontraram aparelhos de som e dutos novos de ar-condicionado fixados no teto que desabou da Igreja Renascer em Cristo no último domingo. Os equipamentos não estavam lá na última vistoria, feita pelo órgão no edifício em 2007, segundo os engenheiros.
Desde o acidente de domingo, que provocou a morte de nove pessoas, a Renascer vem negando ter feito reformas irregulares no templo. Mas a colocação de aparelhos de som contraria a recomendação de um laudo técnico do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), que determinava que não se devia sobrecarregar o forro.
O engenheiro Carlos Freire, que fez em 1999 o projeto de reforço do teto, diz que a estrutura não foi projetada para suportar caixas de som, mas aguentaria um aparelho de pequeno porte. Como não viu o tamanho das caixas encontradas, ele diz ser impossível avaliar se eram compatíveis com a estrutura.
Uma das hipóteses da Defesa Civil para o acidente é a sobrecarga na estrutura de madeira que sustenta o telhado. Os engenheiros Vagner Pasotti, diretor do Contru, e Sílvio de Sicco, diretor de fiscalização, foram ouvidos ontem por mais de cinco horas pela polícia.
O delegado seccional Dejar Gomes Neto afirmou que Sicco fez uma vistoria no templo em 2007 a pedido da ouvidoria da prefeitura e constatou que ele estava "em condições aceitáveis de segurança". Com base nisso, o alvará de funcionamento foi renovado em julho de 2008 sem nova visita.
Sicco, porém, disse em depoimento que logo após o desabamento foram achados no local dutos de ar-condicionado novos, aparelhos de som, além de telhas novas -nada disso havia sido autorizado pela prefeitura. Até ontem, a Renascer só havia reconhecido a troca de telhas.
trecho de reportagem na Folha de S.Paulo.
interessante o sorrisão do sr. hernandes...
Um comentário:
ele Ri pra nao chorar!rs
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