As autoridades dominicanas repatriaram nesta terça-feira 520 haitianos que ocuparam uma igreja da fronteira de Dajabón, na República Dominicana, para reivindicar a permanência no país. O governo autorizou a permanência de 80 manifestantes, desde que comprovem ligação com a Associação de Trabalhadores Agrícolas Migrantes Haitianos.
O acordo foi realizado devido a uma negociação com representantes da Direção de Migração, o Exército Nacional e o jesuíta dominicano Regino Martínez, coordenador da ONG Solidariedade Fronteiriça, que aprovou a ocupação.
Martínez pediu as autoridades que permitisse a presença dos haitianos no país por razões humanitárias e de solidariedade. Cerca de 600 haitianos, na maioria imigrantes ilegais, ocuparam na segunda- feira (5) uma igreja na fronteira de Dajabón para reivindicar a permanência na República Dominicana, depois que viajaram ao Haiti para o Natal.
As autoridades pediram a Associação dos Trabalhadores Agrícolas dos Migrantes Haitianos do noroeste dominicano para elaborar uma lista com os nomes dos repatriados que tenham uma ocupação no país.
O jesuíta acusou o governo de manter uma moral dúbia com o tema dos haitianos, ao denunciar a existência de uma grande quantidade de trabalhadores em obras de infraestrutura do Estado. O cálculo é que pelo menos um milhão de haitianos que vivem na República Dominicana estejam empregados no setor da construção, turismo, comércio e agricultura.
Os maus tratos que os haitianos tem recebido na República Dominicana e a atitude do governo frente a situação tem despertado críticas de diferentes organizações.
Fonte: FolhaOnline
7.1.09
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