Mídias digitais vão lucrar com a recessão

A mesma crise econômica que causa pânico e demissões em massa em vários setores mundiais não é motivo de desânimo para o presidente da Ogilvy Brasil. Em conversa com o Adnews, Sérgio Amado esbanjou otimismo ao falar sobre o mau momento financeiro e revelou: “não tenho medo da crise. Vivi com ela minha vida inteira no Brasil. Vamos sair dela”.

O ano começou bem para a Ogilvy. Segundo Amado, janeiro obteve resultado superior ao mesmo período do ano passado. Porém, a postura positiva não anula os efeitos do mau momento. “Já deu para sentir a crise, mas não podemos ter medo dela. Seremos mais agressivos em novos negócios e este ano faremos um plano muito forte, mas com segurança e tranqüilidade” diz. Segundo ele, a receita a ser adotada pelas marcas continuará baseada no tripé investir certo, com eficiência e com conselho certo. "Temos que estar ainda mais presentes deles”.

2009 sucede um dos três melhores anos para agência nos 14 anos que o executivo está no comando. Antes do baque na economia, a previsão de crescimento para o ano era de 18% e foi feita em escala anual. Agora, os planos mudaram: os períodos foram reduzidos e o planejamento será feito de três em três meses.

Mas há quem sairá ganhando com a crise, segundo Amado. As mídias digitais e alternativas, consideradas mais baratas, é que vão lucrar com a recessão. “Mídias como internet, marketing direto, celular e mídia em ônibus vão crescer bastante”, aposta. Amado diz que o fato de a Ogilvy ter muitos clientes globais minimiza a drástica redução de verba. Segundo ele, anunciantes deste porte, como IBM, Unilever e Burger King, não costumam cortam verba rapidamente, pois tem um sólido plano de divulgação.

O executivo prevê que a crise ainda vai durar no mercado brasileiro de propaganda. Diz também que o cenário está atrelado às condições da economia, que devem ditar os rumos frente ao período nebuloso.

“On recession”

Para aconselhar empresas sobre a crise, a agência criou o site "Ogilvy on Recession" (Ogilvy na recessão). Ao visitar, os interessados podem baixar sete livros com dicas de outros períodos de crise. Serve como uma espécie de manual com conteúdo histórico para orientar as empresas neste em meio ao momento. “A aceitação tem sido extraordinária”, comemora.

O site também comenta sobre oportunidades e melhores formas de administrar as verbas em momentos como este.

fonte: Adnews