As coisas tristíssimas,
o rolomag, o teste de Cooper,
a mole carne tremente entre as coxas,
vão desaparecer quando soar a trombeta.
Levantaremos como deuses,
com a beleza das coisas que nunca pecaram,
como árvores, como pedras,
exatos e dignos de amor.
Quando o anjo passar,o furacão ardente do seu vôo
vai secar as feridas,as secreções desviadas dos seus vasos
e as lágrimas.
As cidades restarão silenciosas,
sem um veículo:apenas os pés de seus habitantes reunidos na praça,
à espera de seus nomes.
Adelia Prado
24.1.09
O Dia da Ira
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