18.2.09

Para o tempo e para a eternidade


Observa aquela mulher que sofria de um fluxo de sangue: ela não avançou empurrando os outros para tocar as vestes de Cristo; ela não contou aos outros o que pretendia fazer e aquilo em que acreditava; ela dizia bem baixinho para si mesma "se eu apenas tocar a fímbria de suas vestes estarei curada". Ela mantinha o segredo para si mesma, foi o segredo da fé que a salvou, tanto no tempo quanto para a eternidade. Este segredo tu podes conservar para ti mesmo, inclusive quando com franqueza confessares a tua fé; e quando exaurido jazeres no leio de enfermo sem poder mover um membro, quando não poderes movimentar a língua, podes ter mesmo assim junto a ti este segredo.

Tu "deves" amar. Capítulo integrante do livro "As obras do amor", de Sören Kierkegaard.

2 comentários:

Éverton Vidal Azevedo disse...

Não é a primeira vez que leio aqui uma reflexão kierkegaardiana vinda do blog da Camila. Preciso conhecer o "metamorfoseando". Quanto ao texto... Muito bom! É simples, é forte, é criativo.

Abraço.

Camila disse...

Valeu, Éverton!
Serás bem-vindo lá no blog. ;)

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