17.2.09

Revista de Graça

Estudo das relações enunciativas do editorial da revista Graça Show da Fé da Igreja Internacional da Graça de Deus

Tese de Metrado em Letras defendida por Taís Pereira na Universidade Presbiteriana Mackenzie

O discurso religioso neopentecostal se expande na mídia brasileira, desde a década de 1970, acompanhando o aumento vertiginoso do número de cristãos neopentecostais no Brasil. A Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) destaca-se, nesse cenário, como a igreja neopentecostal que mais utiliza recursos midiáticos para a disseminação de sua doutrina. É a que mais possui horas na mídia televisiva e lança o maior número de produtos de viés doutrinários no mercado. Dentre esses produtos, registra-se a revista de circulação nacional, Revista Graça Show da Fé (RGSF), que, em linguagem simples e hiperbólica, apresenta um discurso de tal forma persuasivo que assegura tanto a adesão de muitas pessoas à IIGD como o marco de oito anos de publicação mensal da revista. A RGSF é revista religiosa e seu editorial apresenta características peculiares em relação ao gênero editorial. Nele, o editorialista, persuasivamente, prega sua doutrina e convoca leitor e, leitora, os (as) patrocinadores (as) do programa Show da Fé, a valorizarem e manterem sua função de mantenedores (as) da IIGD. Proclama, também, que todas as ações da IIGD são ordenadas e abençoadas por Deus, e, por isso, o (a) fiel patrocinador (a) será, ao se manter ligado (a) à IIGD, abençoado (a). Dentre as peculiaridades da forma híbrida do editorial da RGSF propôs-se, nesta dissertação, através da semiótica de linha francesa, analisar as estratégias de persuasão utilizadas pelo enunciador, o contrato fiduciário estabelecido entre enunciador e enunciatário e a construção do éthos. Como resultado desta pesquisa, demonstrou-se que o gênero editorial de revista religiosa pode ser considerado uma forma híbrida do gênero editorial, adaptado para garantir o sucesso das estratégias de persuasão do enunciador do editorial da RGSF. Verificou-se, também, que o jogo da linguagem simples e hiperbólica é eficaz ao seduzir e atrair o (a) leitor (a) para o fazer-crer e o fazer-fazer do enunciador.

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