16.2.09
Sou cristão sim
“Você não pode ser redator publicitário”. Foi o que me disseram quando eu estava em uma agência de propaganda. Um colega de trabalho estava “revoltado” quando disse que frequentava a igreja e que acreditava em Deus. Para ele, eu não poderia ser um redator publicitário, pois não podia falar sobre certas coisas. A história correu dentro da agência, até chegar em um almoço com toda a equipe criativa, marcada pelos próprios sócios/diretores de criação. Cheguei primeiro, junto com outros colegas e ficamos esperando o resto do povo. Até que chegou todo mundo, e um dos chefes sentou bem na frente e rapidamente perguntou de uma forma cínica, até preconceituosa: “Fernando, você é crente?” Sim, sou cristão. “Mas você dá o dízimo?” Sim, eu dou. “Mas você frequenta a igreja” Sim, eu frequento. “Mas... é...” Sim, sou uma pessoa normal, igual a você, a ele (apontando para o meu outro chefe) e a ele (apontando para o garçom). Na hora poderia ter escondido tudo isso, por causa da vergonha por ele ser o meu chefe, ou por medo do que eles vão pensar. Mas não. Deixei o homem literalmente sem palavras, e senti na pele o incrível preconceito de assumir uma religião no Brasil. Ainda mais nesse ramo, onde grandes criações, trabalhos belíssimos de arte e textos são perdidos por causa de uma visão para o próprio umbigo.
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Um comentário:
Vivi situação semelhante em uma mesa de sociólogos
Em um universo onde as pessoas desafiam sua fé e acreditam que para ser um bom profissional é preciso ser ateu.
Interessante é que pregam o 'relativismo' (um conceito da própria ciência que praticam) e não conseguem executa-lo.
"O pouco conhecimento me afasta de Deus, o muito me aproxima..."
=D
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