Quando o burburinho na maior cidade do Brasil diminui, um grupo de "fiéis" em São Paulo sai em busca de proteção contra as agruras do dia-a-dia. São os participantes da "Noite das benzedeiras", um evento que ocorre às segundas-ferias e no qual adultos dão as mãos, brincam de roda e trocam carinho, enquanto participam de uma benzedura coletiva.
O evento dura pouco mais de uma hora, custa R$ 17 e é promovido pela benzedeira Soraya Mariani, 41 anos, em uma casa na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo.
A psicopedagoga e arteterapeuta Soraya Mariani convida outras autoproclamadas benzedeiras para a cerimônia e, ao final dela, um dos consulentes - como são chamados os participantes - ganha ainda uma benzedura exclusiva, diante da platéia de participantes. “Você melhora o estado de espírito daquela pessoa. Às vezes com a palavra que você usa, consegue deixar a pessoa melhor”, explicou a benzedeira Soraya.
Proteção contra mau-olhado e curas para enxaqueca e problemas na coluna são os pedidos mais comuns entre seus consulentes, segundo Soraya. Do pedido à possibilidade de cura, existe ainda a necessidade de ter fé no método, argumenta a benzedeira. “Benzer alguém é ser um canal pra que aconteça uma cura, se houver permissão”.
O local do ritual é uma casa de dois andares do grupo “Cirandda da Lua”, decorada com caldeirão, pétalas de rosa e galhos de arruda. O uso de duas letras “D” em “Cirandda” é proposital “por causa da numerologia”, diz Soraya. Para ela, a letra extra confere mais criatividade ao empreendimento. Lá também são realizados cursos como o “Divina Afrodite: Magia, Conquista e Sedução” que, em tese, ensina, entre outros assuntos esotéricos, “rituais práticos para despertar sentimentos”.
A “Noite das benzedeiras” é alvo de elogios dos participantes de primeira viagem e dos consulentes habituais. A analista de sistemas Priscila Duarte veio de São Bernardo do Campo para uma sessão, aconselhada por uma amiga. Ela se dizia mais interessada em uma ajuda “espiritual” do que em conseguir uma solução milagrosa para a tendinite que afeta seu braço direito. “Pedi curas espirituais para poder trilhar um caminho”, disse ao G1.
Durante o ritual assistido pelo G1 na última segunda-feira, participantes alternavam abraços coletivos, mantras entoados com coreografias parecidas com as de axé e a parte mais importante, cada um benzia um parceiro de atividade com um galho de árvore. “O foco é despertar o curador dentro de cada um”, justificou Soraya.
fonte: G1
dica do Rodney Eloy
20.2.09
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Um comentário:
De galho em galho, vão acabar com o que restou da Mata Atlântica! hauahauahaua
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