Ao poeta GOMES LEAL
A voz da Impiedade eu, louco, ouvira,
Que, sob o falso nome de Ciência,
_Não há Deus! _me bradava; _ A Providência,
Virtude, Bem e Mal, tudo é mentira!
Mente em nós o que chamam Consciência,
E essa ideia do Bem a que a alma aspira;
Que tudo, no universo, tudo gira,
A leis fatais em cega obediência.
Mas veio a Dor; ferina, encarniçou-se
Sobre mim revoltado e sem defesa,
Clamei socorro! e aquela voz calou-se!..
Outra, do Além, divinamente doce,
então, ouvi: _Meu pobre filho, reza!..
Oh! bendita ilusão! _se ilusão fosse!..
Roberto Pinto, em De Propósito
A voz da Impiedade eu, louco, ouvira,
Que, sob o falso nome de Ciência,
_Não há Deus! _me bradava; _ A Providência,
Virtude, Bem e Mal, tudo é mentira!
Mente em nós o que chamam Consciência,
E essa ideia do Bem a que a alma aspira;
Que tudo, no universo, tudo gira,
A leis fatais em cega obediência.
Mas veio a Dor; ferina, encarniçou-se
Sobre mim revoltado e sem defesa,
Clamei socorro! e aquela voz calou-se!..
Outra, do Além, divinamente doce,
então, ouvi: _Meu pobre filho, reza!..
Oh! bendita ilusão! _se ilusão fosse!..
Roberto Pinto, em De Propósito
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