22.4.09

Memória corrupta

No dia em que o Brasil comemora 509 anos de seu descobrimento, o jornal Diário do Comércio lança o Museu Virtual da Corrupção Online, obra erguida na na rede mundial de computadores, que visa lembrar os escândalos políticos que marcaram a história do País.

O espaço pretende fazer com que o internauta reflita, a partir da mostra dos atos de corrupção ocorridos desde a década de 1970, num primeiro momento. A proposta, porém, é a de recuar no tempo até a época do Brasil colônia.

O Museu foi desenhado pelo arquiteto mineiro Rodrigo de Araújo Moreira, 78, e preenchido pelo trabalho de pesquisa da jornalista Kássia Caldeira. Em sua inauguração, o Museu destacará os 15 episódios que mais geraram discussão nos últimos anos.

O internauta encontrará no Museu a completa relação dos escândalos políticos desde de os anos 1970 e grande parte das ações realizadas pela Polícia Federal (PF) durante os últimos 39 anos. Haverá também uma seção com sugestões de links sobre o tema e outra com publicações recomendadas sobre o assunto.

Moisés Rabinovich, diretor de redação do Diário, disse ao Portal IMPRENSA que o Museu precisa existir para que casos "escabrosos" não caiam no ostracismo. "Esses assuntos são esquecidos e não existe memória sobre isso, algo que fosse tão vivo quanto os nossos escândalos. Por isso, nada melhor que reunir toda a história em um só lugar", explica.

Sobre possíveis reações adversas da classe política, Rabinovich garante que todos os homenageados pelo Museu terão direito de resposta em suas respectivas salas de exposição. "Cada um terá sua sala e seu direito de se pronunciar. Na verdade esse museu - explica - tende a ser um retrato do Brasil".

Ele salienta, ainda, que os arquivos abrigados no Museu servirão de referência nas próximas eleições para consultas. "Cada dia vamos melhorar a navegação para que o site sirva de referência para a escolha de candidatos nas próximas eleições".

O passeio pela história das falcatruas da política nacional termina em uma lojinha de souvenires, onde o visitante encontra "lembranças" dos episódios de corrupção como camisetas, algemas, aparelhos de escuta, além, é claro, da conhecida "cueca para o transporte de dólares", peça íntima que caiu nas graças da opinião pública durante o Mensalão.

Ainda nos próximos meses, serão criadas uma sala de "charges", uma linha do tempo ilustrada, além de uma área destaque para o escândalo do momento. O jornal estuda também a criação de um Wiki em que os leitores poderão enviar informações e contribuições sobre o tema. No entanto, o internauta já pode participar comentando o conteúdo do Museu.

Clique aqui para visitar o Museu da Corrupção Online.

Fonte: Portal Imprensa

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