30.6.09

Fundamentalismo presbiteriano


Discursos e práticas fundamentalistas na Igreja Presbiteriana do Brasil (2002-2008) uma análise da pretensa prosição de eqüidistância dos extremos fundamentalistas e liberais

Tese de Mestrado em Ciências da Religião defendida por Robson da Costa de Souza na Universidade Metodista de São Paulo

Em diversas ocasiões, os líderes da Igreja Presbiteriana do Brasil revelaram o desejo de uma eqüidistância teológica dos extremos liberais e fundamentalistas. Entretanto, os discursos e as práticas dessa instituição eclesiástica contrastam com esse posicionamento oficial. Além disso, essa pretensa posição de eqüidistância dos extremos liberais e fundamentalistas não denota fronteiras rígidas, mas é um instrumento eficaz de legitimação do poder nos momentos de reconfiguração do campo religioso, principalmente em situações de crises internas. Outrossim, após a redemocratização do Brasil e o conseqüente aumento de pluralismo religioso, houve a transformação do campo social brasileiro, provocando dificuldades em setores mais conservadores dessa instituição. Atualmente, procura-se revitalizar a própria tradição religiosa diante das ameaças de sua dissolução impostas pelos processos emancipatórios modernos e pela influência das concepções seculares e supostamente atéias da vida (como o feminismo, a luta em defesa dos direitos reprodutivos, a união civil entre pessoas do mesmo sexo, o chamado ―movimento de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros‖ etc.). No campo religioso, os resultados imediatos dessa postura de reação em face das transformações sociais impostas pela modernidade são: (1) misoginia; (2) aquela manifestação de ativismo político-religioso de caráter conservador os protestantes de pendor fundamentalista, cuja expansão no Brasil se vem processando há muitas décadas, em ritmo sabidamente veloz, com base em um modelo de proselitismo muito bem-sucedido entre as camadas mais pobres da população brasileira, por todo território nacional.

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Imagem: Internet

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