I
há
som
na
margem
do sentido:
a
vida
por
dentro
do grito.
II
todo
começo
é meio
todo
fim
é meio
todo
meio
é voz:
soa
por si.
III
dos
restos
de silêncios
sobra
sempre
uma
vaga
certeza
de que
tudo
nunca
foi dito.
IV
a
partitura
da fala
não
se resume
à letra.
saber
ouvir
o escrito
fazer
cantar
o sentido
querer
dizer
o não-dito.
V
palavras
ecos
e nadas...
pranto:
silêncio
em pó
na página
em branco.
VI
o som
da sina
sobrevoa
os signos
silenciosos.
sentencia
a sorte
de todos
nós:
a voz
da palavra
viva
a vez
da palavra
voz.
Conrado Falbo, no Blog das 30 pessoas.
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